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Após entrada de titulares, Brasil bate Zâmbia no teste com africanos

O amistoso também serviu para enfim ver como o Brasil se porta contra um adversário vindo da África, um teste considerado fundamental com menos de um ano de antecedência para o Mundial

Publicado em 15/10/2013 às 10:58

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O Brasil venceu o primeiro jogo da história que realizou contra Zâmbia. Na manhã desta terça-feira, no Ninho do Pássaro, em Pequim, o time comandado por Luiz Felipe Scolari fez 2 a 0 sobre os africanos com gols do meia Oscar e do zagueiro Dedé. Ambos marcaram no segundo tempo, quando a Seleção estava reforçada por habituais titulares que haviam sido poupados da primeira etapa.

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Felipão havia apostado em jogadores como o atacante Alexandre Pato e o meia Lucas, que não chegaram a encantar, para tirar dúvidas em relação ao grupo que pretende levar para a Copa do Mundo de 2014. O amistoso também serviu para enfim ver como o Brasil se porta contra um adversário vindo da África, um teste considerado fundamental com menos de um ano de antecedência para o Mundial.

Engrenando com a entrada dos titulares, o Brasil repetiu o placar do primeiro dos dois amistosos da excursão pela Ásia, considerada desgastante por Felipão. No último fim de semana, também empurrada por seus titulares habituais, a Seleção havia feito 2 a 0 sobre a Coreia do Sul.

O jogo

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Parecia uma repetição da partida contra a Coreia do Sul – e de tantas outras: logo na primeira vez em que tocou na bola, Neymar sofreu uma falta e reclamou com a arbitragem. Pouco depois, apresentou-se para a cobrança na intermediária (de onde havia marcado um gol de bola parada contra os sul-coreanos) e assustou o goleiro Kennedy Mweene. Acertou o travessão.

O time comandado por Luiz Felipe Scolari fez 2 a 0 sobre os africanos com gols do meia Oscar e do zagueiro Dedé (Foto: Cristiano Andujar/Estadão Conteúdo)

A jogada de perigo já no princípio do amistoso, contudo, foi um falso indício de que o Brasil encontraria facilidade no primeiro tempo de jogo contra a Zâmbia. É verdade que apenas a Seleção atacou, porém o modificado time de Luiz Felipe Scolari sofria com a falta de entrosamento do meio-campo para a frente. Lucas e Alexandre Pato, tentando mostrar serviço, corriam muito e criavam pouco.

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Aos poucos, os jogadores de Zâmbia mostravam que não estavam satisfeitos apenas com a oportunidade de enfrentar a Seleção pentacampeã do mundo – apesar de sempre estenderem as suas mãos, sorridentes, a cada chance que tinham de cumprimentar algum colega de trabalho mais famoso. O técnico francês Patrice Beaumelle montou uma estratégia segura na tentativa de surpreender o Brasil, oferecendo espaços só até o meio-campo e protegendo a sua área com duas linhas de quatro atletas.

Neymar era a solução para a Seleção furar o bloqueio africano. Assim como tem ocorrido em cada uma das últimas apresentações da equipe de Felipão, ele tinha liberdade para atuar em todos os lados do campo e encarregava-se de comandar as jogadas ofensivas brasileiras. Foi com ele, aos 15 minutos, que Ramires tabelou antes de entrar na área pela direita e concluir com efeito. A bola passou pelo goleiro – e também pelo gol.

Zâmbia não se abateu com a nova investida brasileira. Ao contrário. A seleção africana se reestruturou em campo – arriscou até alguns chutes de longa distância – e passou boa parte do primeiro tempo sem ser ameaçada. Somente aos 43 minutos, Neymar roubou uma bola fora da área, avançou para dentro da área e finalizou cruzado. Kennedy Mweene fez uma bela defesa.
Quando o primeiro tempo acabou, Neymar deu uma prova de que estava impaciente com o placar empatado sem gols. Chutou em cima da marcação, mesmo após o último apito da arbitragem, e irritou os jogadores de Zâmbia – que se acalmaram rapidamente. Felipão também não estava gostando do que via em campo: trocou Ramires, Lucas e Pato por Oscar, Hulk e Jô no intervalo.

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Com um time mais entrosado, a Seleção Brasileira passou a ficar constantemente no ataque no segundo tempo. O gol parecia ser questão de tempo. E foi. Aos 13 minutos, Oscar dominou a bola na intermediária, limpou a marcação e encobriu Kennedy Mweene, que estava adiantado. Satisfeito, Felipão resolveu mexer de novo, com Hernanes na vaga de Paulinho. Na Zâmbia, Patrice Beaumelle trocou Kabaso Chongo por Jimmy Chisenga.

Mal entrou em campo, Chisenga já foi alvo da animação de Neymar, ainda mais solto após o Brasil abrir o placar. O atacante do Barcelona gingou na frente do adversário na esquerda e foi derrubado quando tentou aplicar um elástico. Aos 20 minutos, ele mesmo cobrou a falta, e Dedé subiu para cabecear a bola na rede. O zagueiro do Cruzeiro comemorou como quem tinha a certeza de que estava aproveitando bem a sua oportunidade como titular.

Felipão, no entanto, quis testar mais um defensor em sua formação. Mandou a campo o palmeirense Henrique na vaga de David Luiz. E aproveitou para mandar, aos berros, os seus jogadores pararem de fazer graça em virtude da facilidade que haviam encontrado. Talvez por isso tenha promovido a entrada de Bernard, o meia da “alegria nas pernas”, no lugar de Neymar aos 34 minutos.

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Apesar de alguns torcedores chineses terem lamentado a saída do astro do Barcelona, Bernard assumiu a incumbência de dar espetáculo em Pequim. Saíram dos pés dele as principais jogadas ofensivas da Seleção Brasileira nos minutos finais de partida. Nada suficiente, contudo, para tirar o 2 a 0 do placar.

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