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Após embate entre Tite e Evo Morales, Brasil bate Bolívia em La Paz

Tite foi chamado de "covarde" por Marco Etcheverry, após as críticas do treinador sobre a seleção brasileira ter de jogar na altitude de La Paz

Folhapress

Publicado em 29/03/2022 às 22:33

Atualizado em 29/03/2022 às 22:45

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Brasil faz quatro na Bolívia em La Paz / Lucas Figueiredo/CBF

Tite foi chamado de "covarde" por Marco Etcheverry, o El Diablo, um dos maiores jogadores da história da Bolívia, após as críticas do treinador sobre a seleção brasileira ter de jogar na altitude de La Paz (3.600 m).

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Em tom irônico, o ex-jogador desejou ainda que os brasileiros marcassem, pelo menos, quatro gols no jogo desta terça-feira (29), pelas Eliminatórias, para não ouvir mais nenhuma desculpa dos rivais. A provocação surtiu efeito e o Brasil voltará para casa com uma goleada por 4 a 0.

Lucas Paquetá, aos 23 minutos do primeiro tempo, e Richarlison, aos 45, abriram o caminho para a vitória. Depois do intervalo, Bruno Guimarães, aos 21, e Richarlison novamente, nos acréscimos, fizeram os gols da vitória.

Foi apenas a terceira vitória brasileira na cidade. A última havia sido em 1997, na final da Copa América, e a primeira registrada em 1981, pelas Eliminatórias.

Além do triunfo, a seleção não se acovardou mesmo com os atletas apresentando um cansaço maior do que o habitual pela altitude, algo que Tite havia classificado como "desumano". Mesmo com três gols de vantagem, continuou tentando ampliar o placar até o fim.

A fala o treinador incomodou não só El Diabo como também o ex-presidente boliviano Evo Morales, que rebateu o argumento do técnico.

"Repudiamos que Tite, técnico do Brasil, diga que é desumano jogar futebol em um lugar onde vivem milhões de pessoas. A grandeza se reconhece nas palavras, por isso recordamos o maior, Diego Armando Maradona, que disse: 'Vocês têm que jogar onde nasceram, irmãos'", escreveu o líder político no Twitter.

O vice-presidente da Federação Boliviana de Futebol, Edwin Callapino, foi outro que manifestou incômodo com a declaração e disse que vai fazer um protesto formal na próxima reunião da Conmebol.

"É ilógico o que ele [Tite] disse e na Bolívia se joga em altitude ainda maior. Vamos analisar o tema para que na próxima Eliminatórias não falem dessa maneira", afirmou o dirigente.

Enquanto os bolivianos ficaram na bronca -e apenas na penúltima posição das Eliminatórias- a seleção brasileira chegou aos 45 pontos e ultrapassou a pontuação feita pela Argentina no ciclo de 2002, quando os argentinos somaram 43. Agora, o Brasil tem a melhor campanha da história da disputa desde a adoção do formato de pontos corridos.

BOLÍVIA
Cordano; Quinteros, Carrasco e Sagredo; Herrera (Yesit Martínez), Villamil (Ramiro Vaca), Villarroel (Jhon García) e Fernández; Chura (Franz Gonzales) e Henry Vaca; Marcelo Moreno. T.: César Farías.

BRASIL
Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Éder Militão e Alex Telles (Guilherme Arana); Fabinho e Bruno Guimarães; Antony (Rodrygo), Paquetá (Arthur) e Coutinho (Martinelli); Richarlison. T.: Tite.

Estádio: Hernando Siles, em La Paz (Bolívia)
Árbitro: Eber Aquino (Paraguai)
Assistentes: Eduardo Cardoso e Milciades Saldivar (ambos do Paraguai)
VAR: Leodan González (Uruguai)
Cartões Amarelos: Henry Vaca e Ramiro Vaca (BOL)
Gols: Paquetá (BRA), aos, 23', e Richarlison (BRA), aos 44'/1ºT; Bruno Guimarães (BRA), aos 20', e Richarlison (BRA), 46'2ºT

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