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Poucos dias depois de denunciar o racismo no futebol russo, o jogador brasileiro Hulk foi retirado do sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, programado para ocorrer neste sábado. O jogador do Zenit declarou no início da semana que é alvo de racismo por parte dos torcedores russos "praticamente em todos os jogos".
A polêmica sobre o comportamento racista no futebol russo ganhou novas proporções depois que o ganês Emmanuel Frimpong foi expulso em um jogo na última sexta-feira após reagir com gestos obscenos direcionados aos torcedores que o insultavam racialmente - além disso, ele foi suspenso por dois jogos.
A Fifa retirou inicialmente Hulk do contato com os jornalistas, programados para ocorrer nesta sexta-feira. Num comunicado emitido instantes depois, a entidade anunciou que o jogador brasileiro também seria substituído no sorteio pelo ex-capitão da seleção russa, Alexey Smertin. Segundo a Fifa, sua retirada do evento ocorreu por conta de "compromissos" com seu time.
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Há apenas uma semana, a entidade anunciou a participação do atacante brasileiro no evento, inclusive como alguém que ajudaria no sorteio das chaves. Dias depois, ao terminar um treino com sua equipe, ele afirmou a jornalistas presentes sua decepção com o comportamento dos torcedores. "Racismo acontece em praticamente todos os jogos na Rússia. Mas o mundo não sabe disso porque tentam manter o assunto em silêncio", atacou Hulk.
Outros ex-jogadores e jogadores no sorteio serão o brasileiro Ronaldo, o uruguaio Diego Forlán, o italiano Fabio Cannavaro, o camaronês Samuel Eto'o e o alemão Oliver Bierhoff.