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Após bronca, Kleina abre mão de três volantes e se aproxima da elite

A alteração fez de Charles o maior prejudicado. O camisa 28 foi um dos piores em campo em Curitiba, há quase um mês, e não iniciou mais nenhuma partida

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 25/09/2013 às 14:29

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Após a eliminação na Copa do Brasil, o presidente Paulo Nobre deu bronca pública exigindo que não se repetisse a apatia da derrota por 3 a 0 para o Atlético-PR. O resultado prático foi uma mudança tática: Gilson Kleina nunca mais escalou três volantes entre os titulares e, desde então, está invicto há sete partidas.

A alteração fez de Charles o maior prejudicado. O camisa 28 foi um dos piores em campo em Curitiba, há quase um mês, e não iniciou mais nenhuma partida. Chegou, no máximo, a ser cogitado como titular quando Valdivia ou Mendieta não tinham condições de entrar em campo, mas só entrou em campo saindo do banco.

Inicialmente, a opção do treinador por um trio de marcadores era uma forma de beneficiar Valdivia, diminuindo ainda mais a responsabilidade do jogador mais caro do elenco em acompanhar e desarmar adversários. O chileno, porém, foi desfalque nos 3 a 0 a favor do Furacão, como em todos os jogos decisivos do ano, e a equipe passou a se adaptar a um esquema sem alguém que é desfalque frequentemente. A opção foi por uma formação menos conservadora.

Kleina fixou somente Márcio Araújo e Wesley como seus volantes titulares, alternando a formação da equipe com dois meias, quando Valdivia tem condições de entrar em campo, ou três atacantes, escolhendo um trio entre Alan Kardec, Leandro (dois titulares absolutos), Vinicius e Ananias. Nas sete partidas pós-Copa do Brasil, foram quatro vitórias e três empates, com 15 gols feitos e sete sofridos.

Dono de péssima atuação na derrota que tirou o Palmeiras da Copa do Brasil, Charles nunca mais foi titular (Foto: Alessandro Valle/ABCDigipress)

O esquema mais utilizado teve dois meias, em quatro jogos, só um deles com Felipe Menezes ao lado de Mendieta, no 0 a 0 com a Chapecoense, quando Valdivia estava com a seleção chilena. Com o camisa 10 ao lado do paraguaio, houve o 2 a 2 com o Ceará, o 1 a 1 com o América-MG e o 4 a 2 sobre o Avaí, com gols de ambos – todos esses três compromissos foram fora de casa.

No total, usando dois armadores desde a eliminação na Copa do Brasil, o Verdão marcou sete gols e sofreu cinco. Com três atacantes, o desempenho foi bem melhor: vitórias sobre Atlético-GO, com Felipe Menezes sendo o único meia, e ASA e Sport, com Valdivia criando as jogadas. No total, a equipe marcou oito gols e levou dois.

Apesar do melhor desempenho com três atacantes tanto na parte ofensiva quanto na defensiva, Gilson Kleina tem convicção de que a melhor formação do time tem Valdivia e Mendieta entre os titulares. O técnico já admitiu que ter os dois estrangeiros juntos é um “risco necessário” diante das retrancas armadas pelos adversários.

De qualquer forma, sem três volantes, o Palmeiras somou 15 dos 21 pontos que disputou na Série B desde que saiu da Copa do Brasil - 71,4% de aproveitamento. Nas contas da comissão técnica, basta somar mais nove pontos entre os 42 que ainda pode conquistar para garantir a volta à primeira divisão nacional.

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