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Ao voltar das férias, Pato ouvirá de Muricy: "Tem que competir mais"

O treinador do São Paulo dirá ao atacante que sua competitividade atual não lhe garante lugar na equipe

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/12/2014 às 11:07

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De férias no Havaí para acompanhar a etapa final do Circuito Mundial de surfe (WCT), Alexandre Pato talvez ainda não saiba, mas será chamado por Muricy Ramalho para uma conversa em particular quando se reapresentar ao trabalho, em 8 de janeiro, no CT da Barra Funda. O treinador do São Paulo dirá ao atacante que sua competitividade atual não lhe garante lugar na equipe.

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"Depende dele. Ele tem que focar mais no que faz dentro do jogo. Não nos treinamentos, no dia a dia, porque é uma pessoa muito boa. Mas dentro do jogo. Ele tem que competir mais. Só que o que ele está fazendo está difícil para jogar", disse Muricy à gaúcha Rádio Grenal.

O papo é o mesmo que o chefe tem com o jogador na metade do ano, durante uma temporada de treinos da equipe em Orlando, nos Estados Unidos. Na ocasião, Pato foi elogiado por ser disciplinado e ser "bom de ambiente", mas também aconselhado a se entregar mais durante as partidas, a exemplo do que já faz no dia a dia, durante os treinamentos. "Vou falar com ele de novo", prometeu.

Pato terá que brigar por seua vaga em 2015 (Foto: Divulgação/SPFC)

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"Ele tem que ser mais competitivo, senão não tem chance. Ele tem tudo, tem o drible, é muito inteligente, pensa na frente, tem arranque. É impressionante. Mas precisa participar mais. Só isso não basta. No campo, tem que transformar em números", argumenta Muricy, ciente de que a lesão muscular na coxa direita prejudicou o camisa 11 na reta final da temporada, período em que Luis Fabiano recebeu - e agarrou - oportunidade.

"Ele estava voltando a jogar bem, como titular, mas aí teve contusão. Quando tem contusão, demora um pouco para voltar ao ritmo. Futebol, hoje, não permite (ao treinador) esperar jogadores. Os que estão esperando oportunidade agarram, e aí você fica para trás. Foi o que aconteceu", elucidou o técnico são-paulino, sem duvidar da capacidade do jovem atacante.

"Já no Inter, eu via. As categorias de base treinam no campo do lado do profissional. A gente sempre via o Pato, bem pequenininho, já mostrando coisas diferentes", lembra, esperançoso em ter sucesso na segunda conversa com o jogador que foi campeão mundial aos 17 anos com a camisa colorada e não foi tão bem em outros grandes clubes como Milan e Corinthians.

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