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Alessandro ficou surpreso ao machucar a coxa esquerda na última partida do Corinthians, no começo do mês, em um sábado: “Eu estava me sentindo bem”. “Eu sei, mas não é assim”, respondeu o preparador físico Fábio Mahseredjian, explicando que o lateral havia atuado na quarta-feira anterior.
O camisa 2 é um dos jogadores com os quais haverá um cuidado maior no segundo semestre. Entre Recopa Sul-americana, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, será bem apertado o calendário alvinegro, especialmente se o time for avançando na última competição mencionada.
“Jogar de quarta e sábado mata. De quinta e domingo, é a mesma coisa. A recuperação é mais difícil, por exemplo, para o Alessandro e para o Danilo. No primeiro semestre, tivemos viagens longas, atletas chegando da Europa, que tem um calendário bem diferente, e a necessidade de ganhar o tempo todo. A gente se classificou só em quinto para os mata-matas no Paulista, não deu para administrar tão bem”, disse Mahseredjian.
Até o fim da temporada, com o interminável Nacional de pontos corridos, será possível e necessário fazer essa administração. Haverá entre 37 e 43 partidas, o que poderá levar o número de jogos do Timão na temporada a impressionantes 79 jogos. Além de Alessandro e Danilo, para citar apenas os atletas que atuam com mais frequência, estão na casa dos 30 anos Chicão, Paulo André, Douglas e Emerson.
“Não vou falar que é desumano, mas é extremamente fatigante. Se não me engano, são oito jogos em um mês, sete no outro, nove no outro. Não tem mais intervalo. A última equipe do Guerrero (Hamburgo) fazia entre 40 e 50 partidas na temporada. Aqui, é quase o dobro, ele está sentindo”, comentou o preparador físico, citando um dos que chegaram da Europa e reclamaram do calendário.
Por isso, avisa Mahseredjian, será praticamente impossível o Corinthians usar com frequência uma estratégia de que gosta, apertar a saída de bola do adversário. Com vários atletas mais velhos e mais jovens com histórico de lesões -- Renato Augusto e Alexandre Pato --, também estará fora do alcance de Tite repetir a escalação com frequência.
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