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O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, promete nos próximos dias entrar com uma ação contra a CBF para cobrar R$ 23 milhões pela cessão de jogadores à seleção brasileira nos últimos 14 anos. O plano do dirigente já é antigo e avançou depois dele encomendar a um jurista um parecer para embasar a reivindicação contra a entidade.
O dirigente explica que antigamente a CBF reembolsava os clubes que tiveram atletas convocados para defender a seleção, mas nos últimos anos interrompeu o repasse de compensação financeira. "Embora a Lei Pelé fale que não seja a obrigação reembolsar, a CBF cavou lá na Fifa uma resolução que fica à critério da entidade de direção nacional reembolsar ou não. Obviamente que ela escolhe por não fazer isso", disse o presidente à reportagem.
Aidar quer nos próximos dias apresentar a ação e explicou ter pago a preparação um parecer para o professor Arnoldo Wald, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). "Ele explica detalhadamente que é uma obrigação (pagar). Inclusive perguntei se as normas da Fifa impedem de recorrer ao poder judiciário e no caso, não. O parecer dele tem 80 páginas".
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A reclamação do presidente são-paulino com as convocações da seleção brasileira já é antiga. Em outubro do ano passado, Aidar reclamou de ter perder o meia Kaká e o volante Souza para amistosos na Ásia durante a disputa do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o dirigente disse que notificou a CBF para tentar um reembolso, mas não teve resposta da entidade.
Procurada para comentar o tema, a CBF disse em nota que só vai se pronunciar quando receber a notificação do São Paulo sobre o caso.