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O meia-atacante Rildo chegou a vibrar como se tivesse feito um gol quando viu o árbitro Marcelo Aparecido assinalar um pênalti para o Santos contra o São Paulo, aos 44 minutos do segundo tempo do clássico deste domingo. A alegria durou pouco. Pressionado pelo goleiro Rogério Ceni, que foi até a lateral do gramado do Morumbi para reclamar, o assistente Marcelo Van Gasse fez valer a sua bandeirinha erguida e invalidou a jogada por impedimento.
“O Rogério manda no jogo. Ele falou, e o juiz marcou”, revoltou-se o atacante Gabriel, um dos muitos jogadores do Santos que ainda reclamavam minutos depois de o clássico acabar. “É claro que tenho que acompanhar. É como um advogado, que acompanha o réu. Se eu não estou junto...”, posicionou-se Ceni.
Antes mesmo de ouvir o julgamento do capitão são-paulino, Van Gasse havia visto impedimento de Rildo (que acabaria derrubado pelo lateral improvisado Paulo Miranda, dentro da área) no passe de cabeça do centroavante Leandro Damião. “O Damião raspou a bola, tendo a clara intenção de dar a assistência. E o menino já estava bem na frente. Não era um pequeno impedimento”, continuou a argumentar Ceni.
Sem querer se expor, o árbitro Marcelo Aparecido comentou rapidamente a confusão antes de se dirigir ao vestiário. “O meu assistente assinalou impedimento do ponta”, simplificou.
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Os discursos da arbitragem não convenceram os atletas do Santos. O volante Arouca, por exemplo, disse ter ouvido de Van Gasse que um jogador “pequenininho” havia deixado Rildo impedido. “Como assim, pequenininho? O Damião é gigante. O bandeira se atrapalhou todo na hora de explicar”, protestou.
O “gigante” Leandro Damião também não ficou alheio à polêmica. “Muitos jogadores falam que seus times são roubados, essas coisas todas. Sempre que isso acontece, os punidos somos nós, e não o juiz”, chiou.
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