O prazo limite para arrecadar a quantia necessária é até o dia 19 de agosto / Divulgação
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Dois anos de empenho, com dez horas diárias dedicadas aos estudos e a projetos sociais relacionados à educação, resultaram em oportunidades para Fernanda Trajano Bogue, de 20 anos. A determinação foi o combustível que levou a jovem moradora de São Vicente a ser contemplada, por mérito, com bolsas de estudo em sete universidades no exterior, sendo cinco nos Estados Unidos e duas na Coreia do Sul.
Bolsista no ensino fundamental em um colégio particular no bairro do Gonzaguinha, ela cursou o ensino médio em uma escola estadual, optando por fazer a diferença e construir uma história de sucesso.
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Ela sempre quis “estudar fora”, mas nunca pensou que fosse possível realizar esse sonho, devido aos custos. “Eu não sabia que existia bolsa, e o valor sempre me assustava”, conta.
Diferente do Brasil, onde o ingresso à faculdade está vinculado a processos seletivos, no exterior o trâmite é mais extenso e com várias etapas. Fernanda precisou se dedicar para ser a melhor aluna da escola, escrever diversas redações para as universidades, fazer atividades extracurriculares, enviar cartas de recomendação dos professores, realizar provas de proficiência e entrevistas. Todo esse caminhou durou cerca de 24 meses.
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Fernanda conta que precisou abrir mão de muitas coisas para se dedicar ao seu sonho. “Eu parei tudo na minha vida, inclusive a minha vida social; não vejo meus amigos há mais de dois anos, só para conseguir realizar meu sonho”, explica. Ela ainda fala que pensou em desistir várias vezes durante o caminho, principalmente quando era rejeitada por alguma faculdade, devido a sua condição financeira, ou quando via que não tinha nenhum tipo de suporte e mentoria.
Com o primeiro passo dado, ela cita o exemplo da Coreia do Sul, 5º melhor sistema educacional do mundo. “Sei quantas portas podem me abrir. Vou aprender um novo idioma, imergir em um ambiente internacional, participar de estágios internacionais, ter suporte dos professores, utilizar os recursos que a universidade vai oferecer, as parcerias com instituições de todo o mundo. Tudo isso em uma faculdade onde 75% dos alunos vêm de 65 países” detalha.
Fernanda conta que planeja retribuir a São Vicente de alguma forma no futuro. Enquanto estiver na Coreia do Sul, pretende ajudar como “embaixadora”, dando mentoria para estudantes vicentinos da rede municipal.
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Apesar de ter se sentido muito feliz depois receber a carta de aceitação, ela também ficou preocupada com o valor restante da mensalidade anual, pois ainda é uma quantia alta. “Eu lancei uma campanha na semana retrasada, consegui arrecadar R$ 26.000 e falta apenas R$ 14.000 para cobrir o restante do curso”, explicou.
O prazo limite para arrecadar a quantia necessária é até o dia 19 de agosto. Para ajudar com qualquer valor basta acessar o link da Vakinha.
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