Educação
Balanço é da Secretaria de Estado da Educação; capital paulista, que tem 3 milhões de alunos em toda rede de ensino, é uma das cidades que não liberou a volta
Salas de aula em São Paulo estão vazias por causa da quarentena imposta devido à pandemia / Robson Ventura/Folhapress
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Um balanço realizado pela Secretaria Estadual de Educação aponta que apenas 128 dos 645 municípios do estado de São Paulo planejam reabrir as escolas na próxima terça-feira (8) para atividades complementares. A lista desses municípios não foi divulgada pela pasta nem o método para identificar a adesão das prefeituras. A capital paulista, que tem 3 milhões de alunos em toda rede de ensino, é uma das cidades que não liberou a volta.
As escolas no Estado estão fechadas desde março para conter a disseminação do coronavírus. O governo estadual deu aval para que municípios há 28 dias na fase amarela do plano de reabertura econômica reabram colégios públicos e particulares em setembro para atividades de reforço escolar. Na prática, a decisão sobre abrir ou não em setembro ficou nas mãos das prefeituras, que vêm sofrendo pressão tanto das unidades privadas, que pedem a reabertura, quanto de professores, que veem riscos de contaminação.
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Na última terça-feira, o governo estadual publicou resolução em que detalha como será o retorno das atividades para reforço escolar. A diretriz é para que se priorize os 1º, 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e o 3º do médio, etapas consideradas decisivas no processo de aprendizagem. O retorno das atividades curriculares no Estado está previsto para outubro.
Na capital paulista, esse retorno em 8 de setembro já foi descartado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) tanto para a rede pública quanto para a particular. Na Grande São Paulo, em Santo André, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, os prefeitos já anunciaram que a reabertura das escolas nas redes públicas municipais também está totalmente descartada no ano letivo de 2020. Outros municípios como São Bernardo e Guarulhos descartam volta de atividades presenciais em setembro. Em Campinas, redes pública e privada devem voltar em outubro.
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PRESSÃO DOS SINDICATOS.
Quatro sindicatos de professores de São Paulo acionaram a Justiça na noite da última quinta-feira para pedir a suspensão da volta às atividades presenciais nas escolas do Estado.
O pedido de liminar foi protocolado pela Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), pelo CPP (Centro do Professorado Paulista) e pela Afuse (Sindicato de Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo).
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A ação conjunta visa ao "cancelamento de qualquer programação de volta às aulas antes que se tenha segurança quando à saúde de professoras, professores e auxiliares de administração escolar", disse a Fepesp em nota.