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A tarifa de energia elétrica, a carne bovina e a gasolina mantêm a alta de preços puxando a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que mede a inflação, subiu 0,43% na terceira semana de setembro. Houve um aumento de 0,04% em relação à taxa registrada na última pesquisa. O índice, atualizado no dia 22, foi divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Instituto Brasileiro de Economia (IBRE).
Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para o avanço da taxa do índice partiu do grupo Habitação (0,46% para 0,51%), com destaque para a tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 0,99% para 1,66%.
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Ainda de acordo com a FGV, também apresentaram acréscimo os grupos: Comunicação (0,09% para 0,45%), Alimentação (0,43% para 0,47%), e Transportes (0,28% para 0,29%).
Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: tarifa de telefone residencial (-2,24% para -1,62%), carnes bovinas (1,91% para 2,96%) e gasolina (0,46% para 0,66%), respectivamente.
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As classes Habitação, Alimentação e Transportes apresentaram altas consecutivas em seus índices nas últimas quatro semanas.
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,47%), Vestuário (-0,01% para -0,02%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,19%) apresentaram desaceleração em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: medicamentos em geral (0,21% para 0,13%), roupas masculinas (0,51% para 0,18%) e clínica veterinária (1,38% para 1,22%), respectivamente.
O grupo Educação, Leitura e Recreação repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, 0,64%. As principais influências em sentido ascendente e descendente partiram dos itens: show musical (2,35% para 3,28%) e passagem aérea (11,37% para 8,74%), respectivamente.
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Variação positiva
Até o último dia 22, os itens que apresentaram IPC-S com variação positiva foram, além da tarifa de eletricidade, pacotes de telefonia fixa e internet (de 3,06% para 3,69%), Refeições em bares e restaurantes (de 0,50% a 0,44%), aluguel residencial (de 0,64% para 0,63%) e plano e seguro de saúde (0,73% para 0,72%).
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Variação negativa
Já os itens com maior influência negativa foram tomate (-14,62% para -17,85%), tarifa de telefone residencial (-2,24% a –1,62%), batata-inglesa (-12,10% a –13,42), tarifa de ônibus urbano (-0,31 a –0,31), taxa de água e esgoto residencial (-0,32 a –0,52)
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Consumidor estima alta para o ano
A inflação prevista pelo consumidor brasileiro para os 12 meses seguintes passou de 7,2% em agosto para 7,3% em setembro, segundo o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, da Fundação Getulio Vargas. Na análise em médias móveis, o indicador caiu de 7,3% para 7,2%.
“Embora o índice seja acompanhado de uma certa estabilidade, ele vem acompanhado de uma boa notícia que é a queda na inflação esperada das pessoas com renda de até R$ 2.100,00 por mês, de 7,8% a 7,6%, e indivíduos que tenham renda entre R$ 4.800 a R$ 9.600 e acima de R$ 9.600. Essa estabilidade da expectativa de inflação é consistente com a incerteza dos reajustes que deverão ser feitos como energia elétrica e gasolina mesmo levando-se em consideração a recente desaceleração da atividade econômica”, comentou o economista da FGV/IBRE Angelo Polydoro.
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Confiança na indústria cai 3,2% em agosto
A prévia de setembro da Sondagem da Indústria de Transformação sinaliza queda de 3,2% do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação ao resultado final de agosto, considerando-se dados livres de influência sazonal. Com o resultado, o índice atingiria 80,7 pontos, o menor desde março de 2009 (77,1). Os dados são da FGV e Instituto Brasileiro de Economia (IBRE). O resultado de setembro decorre da deterioração tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes.
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