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Maior impacto negativo no Índice de Preços ao Produtor (IPP) de maio, os alimentos tiveram o segundo mês de queda nos preços praticados pelas fábricas, consequência da maior oferta de soja e da menor demanda das famílias brasileiras, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na contramão, os preços de carnes bovinas subiram diante da maior procura do exterior.
Em maio, o IPP subiu 0,15%, a menor taxa desde janeiro deste ano (0,02%). A desaceleração veio principalmente dos alimentos, que ficaram 0,63% mais baratos no mês passado. "A soja está num momento de oferta bastante expressiva no mercado internacional, e os preços acabam caindo. Com isso, os derivados acabam tendo esse efeito também", explicou Brandão.
Os preços de carnes de aves congeladas também tiveram impacto negativo sobre o resultado, segundo o IBGE. "Os produtores dizem que a demanda não está tão aquecida, e isso provavelmente tem a ver com esse momento de contenção que estamos vivendo", disse o gerente, em referência à desaceleração no consumo das famílias.
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As carnes bovinas, por sua vez, estão ficando mais caras, consequência do aquecimento do mercado internacional de carne. "Embora exportemos mais carne congelada, isso acaba tendo efeito sobre preços internos de carnes refrigeradas, porque o frigorífico vai preferir congelar", afirmou Brandão. "Outra coisa é que já começa o período de seca, em que se troca o pasto por ração, e isso tem efeito no custo."
Com o comportamento negativo de alimentos, o setor acumula alta de 1,02% nos preços neste ano, abaixo da média da indústria de transformação (2,65%) no período. Em 12 meses, a alta de alimentos é de 3,59%, também abaixo do total da indústria.
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