Economia
Os exportadores argentinos já estão cientes do fim dos estoques no Brasil e têm segurado o feijão preto colhido entre junho e julho a fim de valorizar ainda mais o produto
Os estoques de feijão preto no Brasil estão esgotados / Divulgação
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Pelas próximas semanas a tradicional feijoada brasileira terá ‘tempero’ e sotaque hermano. Com os estoques de feijão preto esgotados no Brasil, o País está tendo de recorrer a grãos importados da Argentina para evitar o colapso no abastecimento do ingrediente básico para o mais tradicional prato da culinária tupiniquim.
Segundo o Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe), os exportadores argentinos já estão cientes do fim dos estoques no Brasil e têm segurado o feijão preto colhido entre junho e julho a fim de valorizar ainda mais o produto. Como os grandes fazendeiros vizinhos também têm vendido com boas margens outras commodities agrícolas exportáveis eles estão capitalizados neste momento. Portanto, não há pressa em atender os importadores brasileiros.
Assim, segundo o Ibrafe, ao serem procurados, os exportadores argentinos têm começado “a pedir valores acima dos praticados 30 dias atrás”. Ainda segundo o órgão que reúne a cadeia produtiva do feijão, “durante a semana passada, diversos negócios ocorreram entre US$ 720/750 por tonelada”.
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Esse custo crescente, somado ao frete para o transporte do grão, mais os custos de empacotamento e os impostos de importação, podem, portanto, tornar a feijoada um pouco mais salgada nas próximas semanas.
Com a opção crescente dos grandes fazendeiros brasileiros pela soja e pelo milho exportáveis em dólar, em detrimento do feijão vendido em real, o Brasil tem se tornado importador de feijão preto nos últimos anos.
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E outro importante fornecedor deste grão tem sido a China.
A tendência é que os estoques brasileiros do preto só voltem a se recompor a partir do meio do verão 2018.
Já o feijão carioca deve seguir a curva de preços baixos pelo menos até o final de novembro.
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