Santos é a cidade mais rentável para locação de imóveis; em um ano, a cidade teve uma alta de 16,41% nos contratos de aluguel / Nair Bueno/DL
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Santos e Praia Grande são as cidades com maior retorno financeiro para locatários. Assim indica o levantamento feito pelo Índice FipeZAP, divulgado nesta semana, que mostra Santos com 8,38% de rentabilidade por aluguel e Praia Grande com 7,75%. Os municípios ocupam primeiro e segundo lugar, respectivamente, em uma lista de 25 grandes cidades pesquisadas.
A rentabilidade do aluguel é uma métrica que mede o retorno financeiro que um investidor obtém ao alugar um imóvel. Em outras palavras, é o ganho mensal que você recebe dos inquilinos. A média de rentabilidade entre as cidades pesquisadas é de 5,82%.
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Desenvolvido em parceria pela Fipe e pelo ZAP, o Índice FipeZAP de Locação Residencial acompanha o preço médio de locação de apartamentos prontos em 25 cidades brasileiras, com base em anúncios veiculados na Internet.
O levantamento também aponta que a busca por imóveis para locação em Santos teve uma alta significativa no último ano: 16,41%. Praia Grande também mostrou um aumento expressivo nos contratos de aluguel, 12,79% em 12 meses.
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Mesmo tendo o valor médio por metro quadrado acima da média entre as cidades pesquisadas, Santos está entre as cidades com maior procura. "A procura por apartamentos para locação é muito grande em Santos. Diria que é fora do comum. Estamos em uma Região de Litoral, então por aqui a busca é sempre atípica", conta o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de SP (CRECISP), José Augusto Viana Neto.
Santos é a quinta cidade com o valor médio por metro quadrado mais alto: R$ 46,93. Ficando atrás apenas de cidades como Barueri (R$ 60,15), São Paulo (R$ 53,13), Florianópolis (R$ 52,04) e Recife (R$ 49,40). A média das 25 cidades é de R$ 44,15). Em, Praia Grande, a média fica em R$ 36,74.
Os valores mais altos têm relação com a relação entre oferta e procura na Cidade. "A procura é muito maior do que a oferta. Santos sofre com a falta de investimentos no setor de locação. As grandes construtoras não constroem pensando em locação de moradias, mas sempre em locação de galpões ou salas corporativas", explica Viana Neto.
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Durante a pandemia, os imóveis eram procurados por inquilinos de outras cidades, que buscavam o Litoral de São Paulo como refúgio. Hoje, a situação é diferente. "Os imóveis para locação estão sendo mais buscados por pessoas da própria Região. Durante a pandemia, tivemos um boom de pessoas de fora. Mas agora, é gente daqui querendo trocar de imóvel ao findar o contrato", finaliza o presidente do CRECISP.
Além de Santos e Praia Grande, o Índice FipeZAP também pesquisou imóveis em Recife (PE), Barueri (SP), Campinas (SP), Salvador (BA), Ribeirão Preto (SP), Guarulhos (SP), São José (SC), Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP), São José do Rio Preto (SP), São José dos Campos (SP), Goiânia (GO), São Paulo (SP), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), Joinville (SC), Pelotas (RS), Belo Horizonte (MG), Niterói (RJ), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE).