Economia

Salário médio caiu para 3,1 mínimos em 2012, diz IBGE

O destaque foi a magnitude do crescimento do total de salários e outras remunerações, de 7,1% no período

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/05/2014 às 11:29

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O País ganhou mais empresas, mais empresários e mais funcionários na passagem de 2011 para 2012. Mas o destaque foi a magnitude do crescimento do total de salários e outras remunerações, de 7,1% no período, segundo o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 28.

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No entanto, o salário médio mensal do trabalhador subiu menos, um ganho real de apenas 2,1% em um ano, ficando em nível equivalente a 3,1 salários mínimos em 2012 (R$ 1.943,16), abaixo dos 3,3 salários mínimos verificados em 2011 (R$ 1.903,76).

Em 2012, o País tinha 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas, que ocuparam 53,4 milhões de pessoas: 46,2 milhões (86,6%) de funcionários e 7,1 milhões (13,4%) de sócios ou proprietários.

Em relação a 2011, houve um aumento de 1,3% no total de empresas e outras organizações ativas, graças à abertura de 66 mil companhias em um ano. Já o pessoal ocupado cresceu 2,3%, com mais 1,2 milhão de pessoas, entre sócios, proprietários e empregados.

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O salário médio mensal do trabalhador subiu menos, um ganho real de apenas 2,1% em um ano (Foto: Matheus Tagé/DL)

Governo

O governo é responsável pelo pagamento de quase 30% dos salários do País, segundo o CEMPRE. Embora represente apenas 0,4% das organizações do cadastro, a administração pública absorveu 19,9% do pessoal ocupado assalariado e pagou 29,8% dos salários e outras remunerações em 2012.

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O governo também pagou os salários médios mensais mais elevados, R$ 2.723,29, contra uma média de R$ 1.842,09 das entidades sem fins lucrativos e R$ 1.722,71 das entidades empresariais.

Em 2012, as empresas representavam 89,9% das organizações do País, com 76,3% do pessoal ocupado total (que inclui sócios e proprietários), 73,4% dos empregados assalariados e 63,9% dos salários e outras remunerações pagos em 2012. Já as entidades sem fins lucrativos, que equivaliam a 9,7% das organizações existentes, detinham 6,7% do pessoal ocupado assalariado e 6,3% dos salários pagos no ano.

Em relação ao porte, as grandes empresas ainda são responsáveis por mais da metade dos postos de trabalho no País. Apesar do predomínio das companhias de menor tamanho, as organizações com 250 pessoas ou mais respondiam por 53,7% do pessoal ocupado assalariado e 69,1% dos salários e outras remunerações.

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Média mensal

O crescimento do total de salários e outras remunerações pagas no País chegou a 35,3% no período de 2008 a 2012, segundo o CEMPRE. Na passagem de 2011 para 2012, o aumento foi de 7,1%. Já o salário médio mensal teve aumento real de 2,1% em 2012. Em 2009, o avanço tinha sido de 4,7%; em 2010, de 0,6%; e, em 2011, de 2,4%.

No acumulado de 2008 a 2012, o salário médio mensal cresceu 10,1%. Entre as 20 seções da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) Versão 2.0, 12 tiveram aumentos reais acima da média, com destaque para as Indústrias extrativas (44,5%), Saúde humana e serviços sociais (21,3%) e Construção (20,5%).

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Os maiores salários foram pagos por Eletricidade e gás (R$ 5.968,28), seguido por Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 4.587,73) e Indústrias extrativas (R$ 3.899,12), atividades que responderam juntas por somente 2,7% do pessoal ocupado assalariado.

Na ponta oposta, os menores salários foram dos setores de Alojamento e alimentação (R$ 947,87), Atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.170,11) e Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.258,96).

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