TANGERINA
Rica em sódio e vitaminas A, B1 e C, a fruta também tem fósforo e cálcio, que favorecem o desenvolvimento dos ossos, e magnésio, que tonifica articulações e músculos
O fato de a ponkan se deteriorar rapidamente também joga contra o preço alto / GILSON ABREU/AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
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A colheita da tangerina ponkan começou timidamente no final de março em pomares do Interior de São Paulo. E o arbusto Citrus reticulata que produz a ponkan é uma das plantas mais produtivas durante seu período de safra, o que transforma a fruta em uma das mais baratas à disposição do consumidor. Além da alta produtividade, é quase impossível agregar valor às tangerinas, que oxidam rapidamente, dificultando processos industriais de transformação em sucos e geleias. Portanto, as tangerinas são, na essência, frutas para serem consumidas in natura.
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A safra se estende por todo o outono e o inverno, tanto nas regiões de Limeira, Bebedouro e Mogiana quanto no sul de Minas Gerais e no Triângulo Mineiro, que também começam a fornecer a fruta às centrais atacadistas a partir de agora.
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Além da alta produtividade confinada em cinco meses do ano, o fato de a ponkan se deteriorar rapidamente também joga contra o preço alto. É o chamado curto prazo de gôndola. Colhida, ela deve chegar ao varejo em 24 horas. Sem poder industrializar a polpa nem armazenar em câmaras climatizadas, o produtor sabe que, se não aceitar o preço oferecido pelo atravessador, a fruta amadurece e cai no chão, imprestável para o consumo. Portanto, a pechincha é a palavra de ordem, desde o campo até a barraca na feira.
Segundo o Centro de Estudos em Economia Aplicada, ligado à Escola de Agronomia da USP, os volumes disponibilizados nos pomares paulistas ainda estão bastante limitados. E isso tem mantido os preços em patamares atípicos no campo. A média da última semana de março foi de R$ 95,53 pela caixa de 27 quilos. E esse valor é na árvore, ou seja, sem incluir custos com colheita e transporte.
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Essa cotação representou aumento de 36,4% em relação à última semana de março do ano passado, quando a fruta foi comercializada por R$ 70,04 a caixa. Só para se ter uma ideia, no auge da safra passada a ponkan chegou a ser comercializada na Ceasa de Belo Horizonte por R$ 1,11, em 14 de julho de 2023. Ou seja, nos próximos meses o valor da fruta tende a despencar.