Para especialistas, setor imobiliário vive momento favorável / ARQUIVO PESSOAL/DIÁRIO REGIONAL
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, na última quarta-feira (20), reduzir a taxa Selic de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. A queda de meio ponto é vista positivamente pelo mercado imobiliário, que espera por taxas mais atrativas para financiamentos. "O principal ponto na alteração da taxa SELIC está no reflexo do juros no financiamento imobiliário. Todos nós esperamos que haverá queda na taxa de juros para o financiamento e assim mais pessoas possam ter acesso a casa própria. A queda na taxa da Selic provoca um aquecimento no mercado como um todo”, explica o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP), José Augusto Viana Neto.
A queda ainda é considerada baixa, mas pode ser o primeiro indício de que os índices ficaram melhores nos próximos meses. “Apesar de que a queda foi muito baixa, mas já é um sinal de que as coisas vão seguindo para um caminho mais adequado”, comenta Viana, que ainda afirma que as próximas reuniões do Copom devem seguir o mesmo ritmo. “Nós temos uma expectativa de baixa a cada reunião do COPOM. Então, nós já tínhamos isso em mente há muito tempo. Em duas reuniões já tivemos queda e nós acreditamos que as próximas terão uma queda de 0,5%. A tendência é que dentro de uns noventa dias, a gente comece a ter resultado expressivo”, complementa.
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A expectativa do mercado financeiro é que o Copom siga reduzindo a Selic ao longo dos próximos meses, chegando a 11,75% ao fim deste ano. Para 2024, a taxa é calculada em 9%.
Atualmente, na Baixada Santista, 48,2% do volume de negócios são pagos por financiamento imobiliário. “Estes são números de agosto. Abaixo de 50%. Negócios à vista foram 25,7%. O parcelamento direto com o proprietário foi de 24,3%. Nós tivemos a participação de cartas de consórcio, 11,8% dos negócios”, comenta Viana.
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No entanto, estes números já foram melhores. A busca por financiamento imobiliário já chegou a 85%. "Nós tivemos vários picos, mas o mais forte mesmo foi em 2015, quando a taxa de juros era mais baixa. E depois disso nós tivemos outros períodos mais intercalados. Mas quando tem uma taxa de juros adequada e um emprego formal com carteira assinada, os negócios são quase todos por financiamento", finaliza o presidente do CRECISP.
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