22 de Setembro de 2024 • 02:38
Economia
Segundo a FGV, o resultado sinaliza, para os próximos meses, “a manutenção da tendência de desaquecimento do mercado de trabalho observada desde o início do ano”
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,1% em junho, atingindo 65,7 pontos, mantendo-se pelo quarto mês consecutivo em níveis comparáveis aos do pior momento da crise internacional de 2008-2009.
O Indicador foi divulgado hoje (8), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Segundo a FGV, o resultado sinaliza, para os próximos meses, “a manutenção da tendência de desaquecimento do mercado de trabalho observada desde o início do ano”.
Segundo a FGV, o resultado apresenta variações negativas em alguns componentes do IAEmp: a maior contribuição individual para a queda veio do indicador que retrata o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes: este índice variou -3,9% no mês. Caiu também o indicador que mede a tendência dos negócios do setor de serviços nos seis meses seguintes: -3,1%.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou pelo sexto mês consecutivo, ao variar 1,6% em junho, alcançando 89,7 pontos, o maior nível desde maio de 2009 (90,4 pontos). No ano, o ICD acumula variação de 21,9%, a maior da série para este período de comparação.
Na avaliação do pesquisador da FGV, Rodrigo Leandro de Mora, os resultados mostram “a tendência de deterioração do emprego para os próximos meses, principalmente na indústria”. Para ele, o aumento do Indicador de Coincidência de Desemprego em junho foi decorrente, exclusivamente da piora da percepção sobre o mercado de trabalho pelo consumidor das faixas de renda mais baixas, um resultado que parece sinalizar que as demissões poderão atingir mais fortemente os trabalhadores mais pobres no futuro.
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