Fiscais do Procon foram acionados há cerca de um mês para verificar denúncias no Mercado Municipal de SP / Divulgação
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O Procon-SP comunicou nesta quinta-feira que autuou 18 estabelecimentos em fiscalização no Mercado Municipal de São Paulo para apurar se o "golpe da fruta" e o da "mortadela" continuam acontecendo no local.
De acordo com comunicado, os fiscais não flagraram os golpes, mas encontraram outras irregularidades, como:
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Produtos sem informação de preço (12 estabelecimentos);
Produtos sem informação de validade (8 estabelecimentos);
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Informação do preço por grama e não por quilo (6 estabelecimentos);
Produtos sem informação de origem (5 estabelecimentos) e sem informação sobre glúten (5 estabelecimentos);
Divergência de titularidade para emissão de nota fiscal (4 estabelecimentos).
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O diretor do Procon-SP, Fernando Capez, disse que essa fiscalização será permanente e que farão visitas surpresa para tentar encontrar os locais que estão aplicando esses golpes. Os consumidores podem denunciar estabelecimentos irregulares no site do Procon.
Consumidores que foram vítimas do "golpe da fruta" no Mercadão dizem ter pago entre R$ 100 e R$ 1.200 em bandejas de frutas.
Em uma publicação que denuncia o "golpe da fruta" no Instagram, uma pessoa anônima diz que um comerciante ofereceu uma "fruta japonesa", combinação de laranja, tangerina e limão siciliano. Provou o sabor e pediu para o vendedor embalar três frutas em uma bandeja, que custou R$ 350. Mesmo a contragosto, pagou o valor e conta que depois reparou ter comprado três laranjas comuns. "Me senti duplamente trouxa", disse.
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Segundo os relatos, os funcionários abordam os visitantes já na entrada do Mercadão e oferecem frutas de graça para que eles experimentem. Enquanto isso, montam bandejas com os produtos para venda. Os usuários que se recusam a comprar dizem que são pressionados ou xingados pelos vendedores.
O comportamento se repete também com quem não aceita a degustação gratuita. Segundo o Procon, outro produto tradicional do Mercado também teria irregularidades: o sanduíche de mortadela. Comerciantes estariam anunciando a venda do sanduíche de mortadela de uma marca reconhecida pela boa qualidade, mas, no fim, eles acabam vendendo o produto de uma inferior, com o embutido já cortado.
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