Economia

Preços de alimentos na Ceagesp sobem 4,84% em 2014

O índice registrou elevação em todos os setores no ano passado, com destaque para o segmento Diversos, que subiu 10,99% influenciado pela alta principalmente da batata

Publicado em 08/01/2015 às 15:20

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Os preços dos alimentos no atacado subiram 4,84% em 2014, segundo indicador da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), divulgado nesta quinta-feira, 8. O índice registrou elevação em todos os setores no ano passado, com destaque para o segmento Diversos, que subiu 10,99% influenciado pela alta principalmente da batata. Em seguida, os principais aumentos ocorreram no setor de Verduras (5,22%), Legumes (4,86%), Frutas (4,59%) e Pescados (3,89%)

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Em dezembro, o indicador apresentou forte retração de 5,25%, contribuindo diretamente "para que o índice se mantivesse em níveis satisfatórios, mesmo com os problemas climáticos enfrentados durante o ano", informa a Ceagesp. As reduções dos preços de Frutas (-6,21%) e Legumes (-11,93%) foram determinantes para a queda do indicador em dezembro.

A estiagem prejudicou o abastecimento e a produção agrícola em praticamente toda a Região Sudeste logo a partir do primeiro semestre de 2014. Em novembro, com a volta das chuvas e das altas temperaturas, fatores climáticos extremamente prejudiciais para a produção agrícola, esperava-se elevações de preço, ainda mais por causa da aproximação das festas de fim de ano. No entanto, não foi o que aconteceu.

Os preços dos alimentos no atacado subiram 4,84% em 2014, segundo indicador da Ceagesp (Foto: Divulgação)

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Segundo o economista da Ceagesp, Flávio Godas, o que se observou em dezembro foi um enorme volume ofertado de frutas e legumes. Em relação as frutas, a maior oferta de frutas tropicais e natalinas foi suficiente para atender o aumento da demanda e, no setor de legumes, os preços de culturas importantes como tomate, chuchu, pimentão, vagem, berinjela, entre outros, tiveram quedas acentuadas em razão da baixa procura e da excelente oferta.

A tendência para o primeiro trimestre deste ano é de redução no volume ofertado, por causa das chuvas e altas temperaturas, e aumento da demanda por alimentos mais leves e saudáveis. Nesse sentido, os preços dos alimentos podem subir, principalmente no segmento de legumes mais sensíveis e verduras folhosas.

As chuvas também interferem na extração de produtos mais resistentes, como a batata. Portanto, o setor de Diversos também deve continuar com preços em alta, porém, sem elevações acentuadas. O setor de Pescados também apresenta neste período elevação do consumo e diminuição do volume ofertado, com algumas espécies iniciando o período de defeso.

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