22 de Setembro de 2024 • 10:20
O risco de racionamento de energia elétrica, a Operação Lava Jato (que investiga fraudes e pagamento de propina em contratos da Petrobras) e o atraso na divulgação do balanço da Petrobras influenciaram a entrada de investimentos diretos no Brasil, segundo avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.
“À medida que isso está sendo gradualmente deixado para trás, tende a influenciar favoravelmente o ingresso de investimento”, disse Maciel. Ele acrescentou que tradicionalmente há ingressos maiores de investimento direto, no segundo semestre do ano.
Hoje (22), o BC informou que manteve a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) em US$ 80 bilhões, a mesma estimativa divulgada em março. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o IDP deve ficar em 4,12%, contra 4,21% previstos anteriormente pelo BC. Nos cinco meses deste ano, o IDP chegou a US$25,520 bilhões.
Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O IDP, recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.
A projeção do BC para o déficit em conta-corrente este ano foi ajustado de US$ 84 bilhões para US$ 81 bilhões.
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