Economia
Confirmada a projeção divulgada nesta tarde, o nível dos reservatórios mensal ficará praticamente estável em pleno inverno, quando o volume de chuvas é historicamente menor
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A primeira revisão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para as projeções de afluência e nível de reservatório em julho mostram uma situação mais favorável no submercado Sudeste/Centro-Oeste do que aquela divulgada na sexta-feira da semana passada. A previsão de Energia Natural Afluente (ENA) foi elevada de 85% para 101% da média histórica para meses de julho. Já a expectativa em relação ao nível de água armazenada nos reservatórios foi ajustada de 34,7% para 35,8% da capacidade.
Confirmada a projeção divulgada nesta tarde, o nível dos reservatórios mensal ficará praticamente estável em pleno inverno, quando o volume de chuvas é historicamente menor. Ontem os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste apresentavam 35 99% da capacidade de armazenamento.
A situação na região Nordeste, que também apresenta níveis preocupantes de armazenagem, é menos favorável. A afluência esperada para julho é equivalente a apenas 51% da média de longo termo (MLT) em meses de julho, um ponto porcentual abaixo da previsão da semana anterior. Confirmada tal projeção, o nível de armazenamento dos reservatórios cairá dos 25,19% de ontem para 22,1% no fechamento do mês.
Ao final de abril, o último mês do chamado período chuvoso, os reservatórios do Nordeste operavam com aproximadamente 28% da capacidade de armazenamento. No Sudeste/Centro-Oeste, o indicador permanecia acima dos 30%. O período chuvoso começa em outubro, quando o nível dos reservatórios deve voltar a se recuperar.
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A situação das regiões Sul e Norte continua mais positiva. O ONS prevê que a ENA de julho para ambas as regiões ficará em 100% e 86% da MLT, respectivamente. Na semana passada, as projeções do operador indicavam afluência equivalente a 107% e 91% da MLT, respectivamente.
O nível dos reservatórios na região Sul deverá atingir 75,1% da capacidade ao final de julho, previsão mais favorável do que os 70,9% previstos uma semana atrás. O número supera os 63,67% registrados ontem.
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No caso da região Norte, o volume de água armazenada no dia 31 de julho deve estar em 77% da capacidade, pouco abaixo dos 80 28% registrados ontem. Uma semana atrás, o ONS projetava que os reservatórios terminariam o mês com o equivalente a 78% da capacidade de armazenamento ocupada.
O boletim semanal divulgado nesta sexta-feira, 03, pelo ONS também aponta que a carga brasileira deve atingir 60,430 MW médios em julho, o que representa uma queda de 1,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Na semana passada, o ONS trabalhava com a projeção de 61.090 MW médios, com estabilidade em igual base comparativa.
A carga deve encolher 3,3% na região Sudeste/Centro-Oeste e 3,2% na região Sul - a previsão da semana passada indicava queda de 2 3% e 1,6%, respectivamente. Na região Nordeste, por outro lado, o indicador deve crescer 8,8%, projeção inferior aos 9,3% previstos na semana passada. No Norte, a carga deve apresentar elevação de 0,7%. Na semana passada, a projeção era de uma alta de 2,6%.
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CMO
O ONS também divulgou nesta sexta o Custo Marginal de Operação (CMO) no período de 4 a 10 de julho para os quatro subsistemas do País. Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, o indicador foi reduzido em 15,7%, de 374,24/MWh para R$ 315 48/MWh. Na região Nordeste, o indicador passou de R$ 378,05/MWh para iguais R$ 315,48/MWh, o que representa uma queda de 16,6%.
Como o CMO é o balizador para o preço de liquidação das diferenças (PLD), já se sabe que o PLD ficará abaixo do teto de R$ 388,48/MWh imposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por mais uma semana. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela divulgação do indicador, deve anunciar o PLD da próxima semana ainda nesta sexta-feira.
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No início desta semana, a CCEE informou que as projeções de momento sugerem que o PLD deve ficar abaixo do teto da Aneel até o final do ano. A perspectiva é sustentada por uma previsão mais favorável de afluências e por um consumo mais moderado de energia.