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O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, defendeu, nesta terça-feira, um processo gradual de integração energética entre países. "Já perdemos muito tempo", disse Chipp em São Paulo, durante sua participação no 14º Encontro de Energia, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), evento no qual representou a Comissão de Integração Energética Regional (Cier), grupo que reúne países da América Latina.
Atualmente, a Cier trabalha em um estudo por meio do foram identificados 12 projetos de intercâmbio energético. O potencial dos empreendimentos é de aproximadamente 6,5 mil MW de capacidade. Segundo o diretor-geral do ONS, o intercâmbio de energia implica em redução do custo de operação e contribui para uma menor volatilidade dos preços e de maior segurança energética.
Na opinião de Chipp, divergências sobre regulação são a maior barreira à comercialização de energia entre nações. "Precisamos ter equilíbrio e entender que a integração só funciona se for respeitada a autonomia de cada País", acrescentou.
A sugestão de Chipp é que a cooperação ocorra aos poucos. O primeiro passo, diz ele, seria promover oferta de volume de energia e de preços na fronteira do País, com regras específicas, dispensando a burocracia de uma regulamentação e criando um ambiente de confiança de mercado. Depois dessa experiência, viria uma fase intermediária, de contratos bilaterais. A etapa final, no extremo longo prazo, seria a evolução para um sistema totalmente integrado.
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