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As mensalidades escolares em 2015 vão subir acima da inflação oficial para os alunos das escolas particulares do Estado de São Paulo. De acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), Benjamin Ribeiro da Silva, as escolas devem definir o reajuste para o próximo ano até 10 de dezembro próximo. Em algumas escolas, o índice pode ficar próximo de 10%. O sindicato representa escolas de ensino infantil, fundamental e médio.
As escolas devem levar em conta um aumento de 2,5% acima da inflação já oferecido aos funcionários e professores de toda a rede privada. "Para o dissídio coletivo, em março do ano que vem temos convenção assinada no sentido de dar um reajuste com a média da inflação dos três principais índices, mais 2,5% aos nossos profissionais, sendo 2% de aumento real, mais 0,5% de participação nos lucros", explicou.
Segundo ele, o reajuste foi proposto levando em conta que há uma inflação represada no País e há previsão de reajustes em combustíveis e energia elétrica, por exemplo, que incidem sobre a planilha das escolas e também sobre o custo de vida. "Nossa categoria foi a que menos recebeu aumento e está difícil arrumar professor. O professor está se tornando uma espécie em extinção e temos que melhorar o salário", afirmou.
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Em reunião com dirigentes de escolas da região, nesta quinta-feira, 18, em Sorocaba, ele pediu rigor nos cálculos das anuidades de 2015 para evitar que ocorra perda na qualidade de ensino, que ele considera o maior diferencial do ensino privado. De acordo com o dirigente escolar, apesar da crise econômica, a inadimplência nas escolas particulares está estável. O índice médio este ano em todas as regiões do Estado ficou próximo de 7%. "Acima de 5% já é ruim, mas está no mesmo patamar de 2013. Esse quadro só vai piorar se tivermos realmente uma recessão."
Apesar da crise econômica, a escola particular mantém curva de crescimento, segundo ele. Nos últimos dez anos, a escola particular cresceu 120%, recebendo cerca de 1,1 milhão de novos alunos. Parte desse contingente, segundo o presidente do Sieeesp migrou da escola pública, que perdeu 800 mil alunos no mesmo período.