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A taxa de juros média para pessoa física subiu 0,37%, passando de 5,43%, em maio, para 5,45%, em junho. Em 12 meses, houve alta de 0,49% e a taxa atingiu 89,04%, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Essa foi a maior elevação desde novembro do ano passado, quando a variação mensal havia atingido 5,63% e a taxa anual, 92,95%.
Na avaliação do diretor executivo da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a oscilação é efeito do aumento da taxa básica de juros (Selic) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na reunião de 29 de maio, quando a Selic subiu 0,5 ponto percentual passado para 8% ao ano. No último dia 10, o Copom aumentou a taxa novamente, na terceira alta seguida, para 8,5% ao ano, como forma de conter a inflação.
De um total de 12 tipos de lojas pesquisadas pela Anefac, cinco elevaram as taxas, cinco reduziram e dois mantiveram os índices de correção.
Três das seis linhas de crédito pesquisadas apresentaram aumentos, com destaque para as operações de empréstimo pessoal em bancos, que tiveram a maior correção desde novembro do ano passado com alta de 2,36%. A taxa mensal ficou em 3,04% e a anual, em 43,24%. Foi a maior variação nessa modalidade desde novembro do ano passado, quando a taxa estava em 3,14% ao mês e em 44,92% ao ano.
Já os empréstimos em financeiras ficaram 0,58% mais caros, com a taxa de juros em 6,96% ao mês e 124,21% em 12 meses. Também é a taxa mais elevada desde novembro do passado (7,42% ao mês e 136,06% ao ano).
O correntista que usou o dinheiro do cheque especial teve de pagar, em junho, 0,65% a mais do que em maio, pela mesma quantia. A taxa no mês foi fixada em 7,73% ante 7,68% e, no ano, em 144,37% ante 143,01%. A variação é a maior desde fevereiro do ano passado, quando os juros estavam em 7,75% ao mês e 144,91% ao ano.
Nas demais operações de crédito, foram aplicadas as mesmas taxas de maio. No comércio, os juros mantiveram-se em 4,08% ao mês e 61,59% ao ano, a menor variação desde março (4% ao mês e 60,1% ao ano). No cartão de crédito, os juros ficaram em 9,37% ao mês e 192,94% ao ano, na variação mais baixa de toda a série histórica, iniciada em 1995.
No caso do Crédito Direto ao Consumidor (CDC), a taxa ficou inalterada em 1,53% ao mês e em 19,99% ao ano. É a menor variação desde março deste ano, quando os juros atingiram 1,52% ao mês e 19,84% ao ano.
Para as empresas, a taxa de juros aumentou 0,04 ponto percentual, atingindo 3,09% ao mês e 44,08% ao ano, no maior avanço desde novembro de 2012, quando a variação mensal ficou em 3,29% e a anual em 47,47%. O que mais onerou o bolso dos empresários foi conseguir recursos para capital de giro, operação que teve juros mensais de 1,48% e anuais de 19,28%, uma alta de 4,23%. É a taxa mais elevada desde março deste ano, período em que a pessoa jurídica pagava juros de 1,49% ao mês e de 19,42% ao ano.
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