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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 7,7% em julho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Com a queda (a sétima consecutiva), o indicador alcançou o menor patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2010 (124,9 pontos).
Os sete itens que compõem o indicador apresentaram quedas na comparação anual. Os recuos foram observados nos itens “momento para duráveis”, que avalia a intenção para comprar bens de consumo duráveis - caiu 11,1% -, e “perspectiva para consumo”, que recuou 11%.
Os demais componentes apresentaram as seguintes quedas: compra a prazo (-9,8%), nível de consumo atual (-9%), perspectiva profissional (-8,9%), renda atual (-3,3%) e emprego atual (-1,3%). Segundo nota divulgada pela CNC, “A persistência do maior comprometimento da renda advinda do alto endividamento, e os impactos das manifestações ocorridas nas últimas semanas, influenciaram negativamente o resultado do ICF”.
A CNC também considera que o comportamento da inflação nos últimos meses, que atingiu em junho uma taxa acumulada de 6,7% em 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), “vêm comprometendo o nível de confiança em relação ao emprego e à renda”.
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