Economia

Inflação em Santos chega a 6,51% no ano

Alta foi de 1,9% só no mês de junho, impulsionada pelo aumento nas taxas de energia, água e gás. O mês anterior teve infalção de 0,21%

Publicado em 10/07/2015 às 10:26

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Santos, no mês de junho, apresentou inflação 1,60% contra 0,21% em maio acumulando no ano 6,51% de elevação. Segundo pesquisa do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos (Nese) da Universidade Santa Cecília, este índice elevado no mês reflete os aumentos de energia elétrica, água e gás de botijão. Com isso, a expectativa de inflação anual já ultrapassa os 9%. Em termos de grupos, os de maior impacto foram: habitação, despesas pessoais e transportes.

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O levantamento do Nese ainda aponta que, apesar da forte elevação dos juros, e da consequente desaceleração da economia, os preços continuam em ascensão. Isto decorre do fator inercial da inflação e, principalmente, da elevação dos preços da energia, de água e esgoto, e do gás. “Estes itens acabam por influenciar toda a cadeia produtiva que se vê obrigada a repassar seus efeitos nos preços dos produtos e serviços. A elevação dos preços corrói a capacidade de consumo das famílias que são obrigadas a restringir consumo e, com isto, a economia que depende do mesmo se enfraquece. Este é o ciclo vicioso da economia, que pode gerar a chamada estagflação (estagnação e inflação)”, explica o economista responsável pela pesquisa, professor Jorge Manuel de Souza Ferreira. 

Segundo a pesquisa o índice elevado no mês reflete os aumentos de energia elétrica, água e gás de botijão (Foto: Arquivo/DL)

Grupos

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De forma específica, a pesquisa elabora uma análise detalhada dos índices de inflação por grupo: habitação, alimentação, transportes, despesas pessoais, saúde, vestuário e educação.

A maior alta foi no grupo de despesas pessoais. A inflação foi de 3,51% elevada por conta do aumento nas bebidas alcóolicas de 3,79%, recreação e cultura com aumento de 6,3%, artigos de beleza com alta de 4,46%, e loterias e jogos com aumentos de 40% a 100%.

A segunda maior alta vem do grupo habitação. Foi apurada inflação de 2,21% no mês de julho. O aumento de energia, água e esgoto, gás de botijão e dos equipamentos do domicílio são os principais geradores da alta.

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Em seguida vem transportes com inflação de 1,71%, tendo por motivação principal os aumentos do preço dos automóveis em 2,64% e transporte coletivo 5,18%. Já o grupo Alimentação apresentou inflação de 0,79%, tendo por principais causas a elevação dos preços de produtos panificados em 4%, pescados em 2,99%, leites em 4,62% e refeição fora do domicílio em 4,44%. Em termos de acumulado, a alimentação atingiu inflação de 6,23% no ano.

Os grupos Saúde e Educação tiveram índices baixos, mas positivos. O primeiro teve inflação de 0,08% devido à elevação de preço dos produtos farmacêuticos em 4,7%. Já Educação teve pequena inflação 0,02 por elevação dos preços de livros didáticos em 0,5%.

O grupo Vestuário foi o único que não teve alta. Constatou-se uma pequena redução com deflação de -0,31% por influência da redução de preço dos calçados e acessórios em -10,03%, joias e bijuterias em -3,81% e roupas de homem em -1,71%, compensando os fortes aumentos de roupas de criança em 12% e roupas de mulher em 5,2%.

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Veja abaixo a tabela: 

(Fonte: Nese/Unisanta)

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