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A inadimplência de pessoas físicas é maior no Nordeste, de acordo com dados do Boletim Regional, divulgado hoje (7) pelo Banco Central (BC). Para fazer o cálculo, o BC considera operações de crédito com saldo superior a R$ 1 mil, com pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias.
Entre as regiões do país, o Nordeste registrou inadimplência de 5,5% para as famílias, em fevereiro. Depois vem o Norte, com 5,2%, seguido por Sudeste (4,8%). Todas essas três regiões têm resultado superior ao nacional (4,6%). As regiões Sul e Centro-Oeste registraram inadimplência de 3,5% e 3,9%, respectivamente.
No caso das empresas (pessoas jurídicas), o Norte lidera a inadimplência, com 3,1%, seguido por Nordeste (2,5%), Sul (2,3%), Centro-Oeste (2,2%) e Sudeste (2%). No país, a inadimplência para pessoas jurídicas é 2,2%.
Para o BC, a expansão do crédito no país ocorre em ambiente de “redução gradual” da inadimplência. De acordo com os dados, houve redução da inadimplência de pessoas físicas e jurídicas em 0,1 ponto percentual no Norte, 0,2 ponto percentual no Centro-Oeste e 0,3 ponto percentual no Sul. Nas demais regiões, o indicador ficou estável.
O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil alcançou R$2,293 trilhões em fevereiro, alta de 3,2% em relação a novembro, com elevação de 3,4% no segmento de pessoas físicas e 3% no caso de pessoas jurídicas.
De acordo com o boletim, a expansão dos empréstimos no Sudeste, que responde por 55% do mercado, foi a mais moderada (2,8%) enquanto o Centro-Oeste, que detém 9,5% do credito total, apresentou o ritmo de crescimento mais intenso (4,4%). No país, a ampliação do crédito maior foi para as famílias (3,4%) do que o de pessoas jurídicas (3%).
O Boletim Regional também destaca que “o maior dinamismo da economia brasileira no início do ano” está “em certa medida” disseminado em todas as regiões do país. De acordo com o boletim, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou crescimento de 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, após expansão de 0,3% nos três meses encerrados em novembro.
“A expansão da atividade econômica no início deste ano atingiu todas as regiões do país, implicando variações positivas dos IBCRs [índices de atividade econômica regional] no trimestre encerrado em fevereiro”, diz o BC. Para a autoridade monetária, esse movimento decorreu “da maior ou menor relevância na economia regional, da indústria e da agropecuária, setores que se mostraram mais dinâmicos”.
O BC observou ainda aquecimento no segmento do comércio. “As vendas do comércio cresceram em todas as regiões, não obstante certa moderação relativamente ao ritmo observado ao longo de 2012”, acrescenta. Segundo a análise, a expansão do comércio é consistente com o aumento do crédito, do emprego e da renda.
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