Continua depois da publicidade
O valor do salário mínimo para 2014 previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) entregue na manhã desta quinta-feira, 29, ao Congresso, é de R$ 722,90. A previsão representa um aumento em relação ao que já tinha sido apontado pelo próprio governo, de R$ 719,48. Atualmente, o mínimo está em R$ 678,00.
De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o novo valor vai incorporar a regra de valorização do piso salarial nacional, "que é uma política importante de alavancagem da renda das famílias no Brasil e que tem nos levado a patamares de qualidade de vida muito superiores". O impacto do salário mínimo em relação aos benefícios que são calculados a partir dele é de R$ 29,2 bilhões, segundo Miriam.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, avaliou que o aumento de 6,62% não irá impactar negativamente as contas do governo já que, segundo ele, "o governo tem controle total das contas". "O governo tem superávit fiscal para também administrar essa questão e tem um controle de todos os setores para que não possamos incorrer em qualquer possibilidade de insucesso", avaliou.
Continua depois da publicidade
Para Dias, o aumento do mínimo ajuda a "irrigar" a economia, sem causar impactos negativos ao governo ou à economia. Segundo ele, a política de aumento do salário mínimo é a razão pela qual o Brasil não teria entrado na crise econômica global iniciada em 2008.
Indagado por jornalistas se esse aumento não poderia frear a geração de novos empregos, ele negou. "Não vai ter (redução na geração de empregos) porque os investimentos que o Brasil está recebendo são enormes. Tem a Copa, aeroportos, obras de mobilidade, estamos leiloando os portos, temos um monte de obras e esse investimento precisa de mão de obra", comentou.
Continua depois da publicidade