Economia

Ibovespa sobe 1,79% puxado por Petrobras e bancos

A derrota histórica do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo gerou expectativas de que a presidente Dilma Rousseff pode registrar queda nas intenções de voto

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 10/07/2014 às 18:31

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Especulações em torno das pesquisas eleitorais voltaram ao radar dos investidores nesta quinta-feira, 10, provocando forte alta da Bovespa. A derrota histórica do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo gerou expectativas de que a presidente Dilma Rousseff pode registrar queda nas intenções de voto. A alta do bolsa doméstica ficou na contramão dos mercados acionários internacionais, que foram assolados por uma aversão ao risco devido aos problemas financeiros do Banco Espírito Santo (BES), de Portugal.

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No fim da sessão, o Ibovespa fechou em alta de 1,79%, aos 54 592,75 pontos, maior patamar desde 20 de junho (54.638,19 pontos). Na máxima da sessão, o índice alcançou 54.600 pontos (+1,80%) e na mínima, registrou 53.643 pontos (+0,02%). O volume de negócios somou R$ 7,759 bilhões.

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A crise no BES, somada a dados fracos da China e da produção em alguns países europeus, provocou queda das bolsas internacionais e alta do dólar e dos preços dos Treasuries.

Desde maio, as ações do Banco Espírito Santo têm sido alvo de vendas diante da divulgação de irregularidades nas contas das companhias controladoras da instituição. As perdas se estenderam nesta quinta-feira, depois que os investidores foram informados de que o Espírito Santo International (ESI) atrasou pagamentos de cupons relativos a alguns títulos de dívida de curto prazo. A negociação das ações do BES chegou a ser interrompida após recuarem 17% na bolsa de Lisboa. O índice PSI 20, da bolsa portuguesa, fechou com queda de 4,18% e conduziu a baixa generalizada nas praças europeias.

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O mau humor se estendeu para as bolsas de Nova York, que também terminaram no negativo. Dow Jones (-0,41%), S&P 500 (-0,41%) e Nasdaq (-0,52%).

Entre os dados divulgados hoje, relatórios mostraram queda da produção industrial na França e na Itália. Na China, o superávit comercial diminuiu para US$ 31,6 bilhões em junho, do saldo positivo de US$ 35,92 bilhões registrado em maio, segundo dados da Administração Geral de Alfândega do país. O número veio abaixo da mediana das previsões de um superávit de US$ 36,9 bilhões.

Os números chineses pressionaram as ações da Vale no Brasil, que terminaram em quedas de 0,03% (ON) e 0,07% (PN).

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Nos EUA, foram apresentados números positivos. Os pedidos de auxílio-desemprego caíram para 304 mil, ante previsão 319 mil solicitações. Os estoques no atacado subiram 0,5% em maio, em linha com as projeções.

Já no Brasil, os indicadores continuaram a apontar enfraquecimento da atividade. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disse que produção industrial recuou em sete dos 14 locais de abril para maio. Os destaques foram as retrações verificados no Amazonas (-9,7%), Bahia (-6,8%) e Região Nordeste (-4,5%).

A primeira prévia do IGP-M de julho, calculada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 0,50%, ante recuo de 0,64% na primeira prévia do mesmo índice de junho. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam taxa entre -0,63% a -0,10%, com mediana das expectativas em -0,30%.

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Entre os destaques positivos do pregão estavam os papéis de empresas estatais e do setor financeiro. Petrobras ON (+5,20%) e Petrobras PN (+4,50%); Banco do Brasil (+3,96%), Bradesco ON (+4,21%), Bradesco PN (+2,96%) e Itaú Unibanco (+4,63%).

Dólar - O dólar terminou em alta ante o real na sessão desta quinta-feira, 10, em sintonia com o avanço registrado ante outras moedas no exterior. O dólar e outros ativos considerados seguros, como os Treasuries (títulos norte-americanos), foram beneficiados pela aversão ao risco desencadeada na Europa por problemas em um banco português e dados fracos da região. Além disso, alguns dados da China favoreceram a busca por segurança. No fim da sessão, o dólar à vista fechou em alta de 0,18%, a R$ 2,2210, no balcão. O volume de negócios somava US$ 1,668 bilhão. No mercado futuro, o dólar para agosto tinha alta de 0,25%, a R$ 2,2350.

Taxas de juros - As taxas futuras fecharam com ligeira alta, recebendo suporte do avanço do dólar ante o real. Os dados econômicos domésticos anunciados nesta quinta-feira, 10, tiveram pouco impacto no mercado, à medida que já estavam precificados pelos investidores. No término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (28.460 contratos) tinha taxa de 10,78%, na máxima, de 10,77% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2016 (137.110 contratos) projetava taxa de 11,09%, de 11,07% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 (161.220 contratos) tinha taxa de 11,44%, na máxima, de 11,40% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 (259.000 contratos) estava em 11,96%, na máxima, de 11,89% no ajuste da véspera.

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