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A Bovespa fechou em queda pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira, 6, pressionada pelas dúvidas em relação à equipe econômica. A queda foi generalizada na sessão e liderada pelas perdas das ações da Petrobras.
O Ibovespa caiu 1,98% aos 52.637,06 pontos. Na mínima, registrou 52.418 pontos (-2,38%) e, na máxima, 53.697 pontos (estabilidade). No mês, acumula perda de 3,64% e, no ano, alta de 2,19%. O giro financeiro totalizou R$ 6,55 bilhões.
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As especulações sobre quem comandará o Ministério da Fazenda continuam a afetar o sentimento dos investidores no mercado acionário. O nome que mais agrada os agentes dentre os que estão na mesa é o de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central no governo Lula.
As ações da Petrobras fecharam em baixa de 2,24% (ON) e 2,36% (PN), após a empresa ter informado ontem que a orientação do conselho de administração tem sido pela manutenção dos níveis de preços dos combustíveis. A companhia disse, no comunicado, que o reajuste dos combustíveis é assunto de competência da diretoria executiva, observando-se a política de preços, que foi aprovada pelo conselho de administração em 29 de novembro de 2013.
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"Até o momento, não há data ou porcentual definidos para o reajuste no preço da gasolina e do diesel", diz. A empresa confirmou que está agendada uma reunião do conselho de administração para o próximo dia 14 de novembro, cuja pauta prevê a apresentação das demonstrações financeiras do terceiro trimestre de 2014.
Os papéis ON da PDG também estavam entre as maiores queda do dia, recuando 5,88%, afetados pelo avanço das taxas dos juros futuros. Vale também caiu, apesar da alta do dólar, medidas da China para incrementar as importações e após a obtenção de uma licença. Vale ON recuou 1,46% e a PNA, 1,93%.
Dólar - A falta de sinalização de tendência de elevação mais forte da taxa básica de juros, considerando a ata da última reunião de política monetária do Banco Central, somada às incertezas sobre a formação da equipe econômica do governo, impulsionou o avanço do dólar ante o real pela quinta sessão seguida. A alta do dólar em relação a outras dividas no exterior, após declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, também contribuiu para a valorização do dólar no Brasil. A moeda fechou no patamar mais alto desde abril de 2005, emplacando cinco sessões consecutivas de ganhos. O dólar fechou em alta de 1,47% no balcão, aos R$ 2,550. O volume de negócios totalizou US$ 731 milhões, sendo US$ 707 milhões em D+2. A moeda acumula alta de 5,68% em cinco sessões. No mercado futuro, o dólar para dezembro avançava 1,92%, aos R$ 2,5745, por volta das 16h55.
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Taxas de juros - As taxas de juros futuros fecharam em alta nesta quinta-feira, 6, em sintonia com o avanço do dólar, após a ata do Copom apresentar um tom mais suave que o esperado. No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o DI para janeiro de 2015 (14 030 contratos) tinha taxa de 11,289%, ante 11,277% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2016 (135.610 contratos) indicava 12,39%, de 12,32% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2017 (211.840 contratos) estava na máxima de 12,62%, ante 12,43% no ajuste de ontem. E a taxa do DI para janeiro de 2021 (115.680 contratos) marcava 12,45%, de 12,19% no ajuste anterior.