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Embora os preços dos alimentos tenham diminuído por dois meses consecutivos, a inflação acumulada pelo grupo Alimentação e Bebidas permanece alta. A taxa em 12 meses ficou em 7,69% em julho, acima da alta de 6,50% verificada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A diferença é ainda maior quando considerada apenas a alimentação fora do domicílio, cuja aumento em 12 meses alcançou 10,18% em julho, contra um aumento de 6,40% da alimentação consumida dentro de casa.
"A desaceleração foi localizada e forte nesse grupamento (Alimentação e Bebidas), na alimentação que as pessoas comem em casa. Claro que as pessoas que vão ao supermercado não vão notar essa queda nos preços. Mas tem um peso muito importante no indicador. Os alimentos são responsáveis por um quarto do índice porque são muito importantes no bolso das pessoas. Mas os preços continuam altos", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
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Quanto à resistência na inflação da alimentação fora de casa, Eulina não sabe dizer se houve efeito do aumento na demanda durante a Copa do Mundo. "A diferença é grande (na inflação de alimentos consumidos dentro e fora de casa). Aí é importante observar não só os alimentos que estão na planilha de custos dos bares e restaurantes. Tem também aluguel, salário mínimo subindo acima da inflação, e tem a demanda, que vem subindo bastante forte", ressaltou a coordenadora do IBGE.
No caso dos alimentos vendidos em supermercados, ela explica que os preços vêm caindo por conta do sucesso da safra este ano no Brasil e em países importantes, como os Estados Unidos.
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