Economia

Há 'otimismo razoável' sobre o Brasil entre estrangeiros, diz chefe do BC

Ilan Goldfajn destacou a queda da inflação, das taxas de juros e a recuperação do crescimento

Folhapress

Publicado em 14/10/2017 às 04:30

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Ilan Goldfajn apresentou os dados do Banco Central para a inflação, de 3,2% em 2017 / Agência Brasil

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Após se reunir com investidores em Washington, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse, nesta sexta-feira (13), que há um "otimismo razoável" entre o grupo com a recuperação econômica do Brasil.

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"A maioria das minhas reuniões com os investidores tem sido sobre a situação do Brasil, a questão do impacto das condições atuais, o que se espera no futuro. Há um otimismo razoável em relação às perspectivas do Brasil, a saída da recessão, da recuperação", disse Goldfajn a jornalistas, após participar de um evento da Conferência Econômica sobre o Brasil, organizada pela Câmara de Comercio Brasil-EUA, na capital americana.

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Em sua exposição durante o evento, o presidente do BC destacou a queda da inflação, das taxas de juros e a recuperação do crescimento, e mencionou indiretamente a crise política ao reconhecer haver "algumas volatilidades vindo de eventos não econômicos".

"Tenho dito [aos investidores] que a primeira fase do nosso trabalho foi reduzir inflação e reduzir a taxa de juros, e essa segunda fase é a fase de tentar mantê-las mais baixas, tanto a inflação, quanto a taxa de juros no futuro", disse Goldfajn, completando que a percepção de analistas é de que "há confiança que a taxa de juros vai ficar baixa por um período mais longo".

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"Há uma percepção de que talvez a gente consiga, no Brasil, finalmente ter um período de uma estabilidade e inflação baixa e juros mais baixos", afirmou.

Goldfajn apresentou os dados do Banco Central para a inflação, de 3,2% em 2017 e 4,3% em 2018, que estão acima dos previstos pelo mercado, no boletim Focus, de 2,98% em 2017 e 4,02% em 2018.

Questionado sobre a diferença, o presidente do BC disse que é preciso fazer "várias considerações" para esse cálculo: "você pode ter um impacto da recuperação econômica mais forte ou menos forte nos preços, você pode acreditar que a deflação de alimentos pode voltar mais rápido ou mais devagar". "Mas no final das contas a diferença é pequena."

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Diante do interesse da audiência em relação à necessidade de independência do Banco Central, Goldfajn disse que há "outras reformas na fila" agora. "Achamos que é uma reforma importante e dá certa segurança para todo mundo. É algo que eu não descarto. Mas, ela não chegou a entrar na fila de reformas até agora."

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