Economia

Grécia entrega proposta de reformas econômicas dentro do prazo

Mais cedo, o Fundo Monetário Internacional tinha indicado que não poderia adiar o prazo de pagamento dado à Grécia

Publicado em 09/07/2015 às 18:40

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O governo grego entregou ao Eurogrupo (países que adotam o euro como moeda), ao fim da tarde de hoje (9), as propostas de reformas para obter um terceiro programa de resgate financeiro e permanecer na zona do euro.

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Em uma rede social, Michel Reijns, porta-voz de Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças da Holanda e presidente do Eurogrupo, anunciou a entrega do documento dentro do prazo definido pelos líderes da zona do euro, que acabaria às 23h de hoje (18h no horário de Brasília).

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“As novas propostas gregas foram recebidas pelo presidente de Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. É importante que as instituições [credores] as tenham em conta na sua avaliação", informou Reijns na sua conta na rede social Twitter.

Mais cedo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha indicado que não poderia adiar o prazo de pagamento dado à Grécia. Segundo o economista-chefe da instituição, Olivier Blanchard, o adiamento infringiria as regras aplicáveis aos países que descumpriram o pagamento de dívidas com o fundo.

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“Quando um país atrasa os pagamentos, não podemos conceder empréstimos de qualquer forma, ou por nenhum meio; e uma restituição é uma forma de empréstimo”, declarou Blanchard ao apresentar as novas previsões econômicas do FMI. A Grécia ficou privada dos empréstimos do FMI, desde o último dia 30, quando entrou em inadimplência com a instituição ao não saldar uma dívida de 1,5 bilhão de euros.

O governo de Atenas tinha pedido o adiamento do prazo para pagar a dívida, alegando que a opção existe em “casos excepcionais”. A decisão final cabe agora ao Conselho de Administração do FMI, composto por 188 Estados-Membros, que deverá em breve tomar uma decisão.

Alguns especialistas acreditam que o FMI podia dar o exemplo, com uma extensão dos prazos de vencimento dos empréstimos. “A maioria dos 188 Estados-membros do FMI são mais pobres do que a Grécia, e não tiveram o tipo de regalias que alguns nos pedem para conceder a Atenas”, disse Blanchard.

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O economista-chefe do fundo disse que um adiamento dos pagamentos, que aconteceu apenas por duas vezes na história da instituição, não ajuda países que enfrentam necessidades de financiamento imediato, como é o caso da Grécia.

Atenas, que apresentou uma proposta aos credores, em troco de um novo pacote de ajuda, deveria reembolsar o FMI em 455 milhões de euros até segunda-feira (13). O país terá ainda de devolver 284 milhões de euros à instituição antes de 1º de agosto.

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