21 de Setembro de 2024 • 05:49
Economia
A principal contribuição para esse resultado será dada pelo consumo industrial, com redução prevista de 4,3% no ano. Na carga, que engloba consumo mais perdas, a previsão é redução de 1,8%
O cenário econômico brasileiro e o comportamento da demanda levaram a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Operador Nacional do Sistema (ONS) a revisarem as projeções de consumo de energia elétrica, que apontam para uma queda de 1,5% no consumo total de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2015, em comparação ao ano passado.
A principal contribuição para esse resultado será dada pelo consumo industrial, com redução prevista de 4,3% no ano, enquanto o consumo residencial deverá cair 0,1% e o comercial sinaliza crescimento de 1,4%. Na carga, que engloba consumo mais perdas, a previsão é redução de 1,8%, este ano.
Entre janeiro e julho, a carga de energia do SIN mostra retração de 1,3% ante o mesmo período de 2014, também em função do baixo desempenho da indústria, em especial no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 60% da carga industrial brasileira.
O consumo da indústria nesse subsistema caiu 5,1% até maio, informou a EPE. Em contrapartida, a carga teve a maior taxa de crescimento (4,1%) no semestre no subsistema Nordeste, impulsionada pelo consumo das classes residencial e comercial.
A atualização dos números foi divulgada hoje (17) pela EPE e pela ONS. De acordo com informação da EPE, a segunda revisão quadrimestral das projeções da carga do SIN levou em conta, também, os efeitos do aumento das tarifas de energia elétrica. Segundo a EPE, “as projeções serão consideradas para a atualização da base de dados do Planejamento Anual da Operação Energética 2015-2019”.
No período 2015-2019, a previsão é que o consumo total de energia no SIN apresentará taxa média positiva de 3,6%, com 2,5% de crescimento médio ao ano para o consumo industrial, 4,2% para o consumo residencial e 4,7% para o comercial. Para a carga de energia do SIN, as projeções são de crescimento médio anual de 3,6%, o que significa expansão média de 2.440 megawatts médios (MWmédios) por ano.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, explica que as projeções de queda do consumo total de energia elétrica e da carga criam uma margem maior de segurança para a operação do setor elétrico, “que está cada vez mais aumentando”. Ele gostaria que a indústria estivesse crescendo no país, mas admitiu que a previsão de queda no consumo beneficia o setor elétrico, sinalizando, “mais à frente”, a possibilidade eventual de se desligar as usinas térmicas, “se continuar a tendência de chuvas no Sul”. Tolmasquim diz, ainda, que as tarifas de energia elétrica também poderão cair, “na hora que se puder desligar as térmicas”.
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