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O nível de emprego da indústria paulista caiu 0,86% em abril ante março de 2015, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 14, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na mesma base de comparação, o Índice de Nível de Emprego subiu 0,19% na série sem ajuste sazonal. Ao comparar abril de 2015 com o mesmo mês do ano passado, o nível de emprego recuou 6,67%.
No acumulado do ano, a queda do nível de emprego industrial paulista foi equivalente a 1,5%, o segundo pior da histórica da pesquisa iniciada em 2005, atrás apenas do primeiro quadrimestre de 2009, quando houve perdas de 3,9%. Em números absolutos, a indústria paulista teve um saldo positivo de 5 mil contratações em abril ante março, referente à contratação de 16.054 menos a demissão de 11.054 funcionários. O saldo foi positivo graças ao setor produtivo de açúcar e etanol, que tradicionalmente puxa o indicador no período em razão do início da colheita da cana-de-açúcar.
A média de contratações da indústria paulista para o mês de abril, no entanto, é de 31,5 mil trabalhadores, segundo a Fiesp, ou seja, mais de seis vezes superior ao desempenho do mês passado. "Os resultados são muito ruins e de certa maneira vêm mascarados. Em uma primeira leitura, houve geração de empregos. Mas o fato é que em abril sempre existe geração e no mês passado houve pouca", informou Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp.
Dados da Fiesp apontam que no primeiro quadrimestre de 2015 o setor produtivo paulista fechou 18,5 mil postos de trabalho, também o pior resultado para o período desde entre janeiro e abril de 2009, quando foram cortadas 32 mil vagas cortadas. No acumulado de 12 meses, até abril, foram cortadas 177 mil vagas na indústria paulista.
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Dos 22 setores da indústria no Estado, 16 demitiram, 5 contrataram e 1 permaneceu estável ante março. Com a crise no setor causada pela queda nas vendas de veículos, a indústria automotiva foi a que mais cortou empregos no mês passado no Estado, com 5.843 demissões, seguida pela de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com 3.007 cortes e pela de produtos de borracha e de material plástico, com 1.449.
A indústria de produtos alimentícios foi que a mais contratou em abril, com 19.246 empregados, seguida pela de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, com 3.634 funcionários. Os dois setores que mais contrataram são exatamente os ligados ao de açúcar (alimentos) e etanol (biocombustíveis) e ainda puxaram o nível de emprego em regiões produtoras das commodities.
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A indústria de Jaú se destacou, com aumento de 8,56% no nível de emprego em abril ante março, impulsionada pelos segmentos de produtos alimentícios (21,46%) e de coque, petróleo e biocombustíveis (48,46%). Sertãozinho também avançou, a 3,91% em abril, pelas contratações no setor de produtos alimentícios (12 06%). O emprego em Araraquara subiu 2,66%, em meio à alta na indústria de produtos alimentícios (9,05%) e no segmento de confecção de artigos de vestuário (0,23%).
Em contrapartida, os polos automotivos sofreram no mês passado. A região de Taubaté registrou a maior queda, de 3,62%, e a de São Caetano reduziu o emprego em 1,82%. Ao todo, das 36 regiões apuradas pela Fiesp, 25 sofreram queda no emprego e 11 anotaram alta.