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Os consumidores da capital paulista estão cada vez mais cautelosos na hora de adquirir novos bens, à medida que a economia está se enfraquecendo e aumentam as possibilidade de desemprego, como mostra pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Segundo a entidade, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu nova mínima histórica em abril, ficando em 100,1 pontos, o que representa uma queda de 5,2% na comparação com março de 2015 e um declínio expressivo de 16,4% ante o quarto mês de 2014. Trata-se da pontuação mais baixa apurada desde janeiro de 2010 e também a pior variação anual já registrada.
De acordo com a FecomercioSP, todos os itens que compõem o ICF tiveram retração em abril ante o mês anterior. Além disso, quase a totalidade, exceto Perspectiva Profissional, ficou nos menores patamares históricos.
O item Perspectiva de Consumo registrou a sexta variação negativa consecutiva, com recuo de 6,4% no mês, atingindo 85,3 pontos. A categoria mantém-se abaixo dos 100 pontos pelo quarto mês seguido, o que indica que as famílias de São Paulo devem consumir menos nos próximos meses em relação ao observado em igual período de 2014.
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Já o indicador Nível de Consumo Atual segue há 27 meses com pontuação inferior a 100. Em abril, o segmento teve retração de 5,3% e alcançou 73 pontos. Neste cenário, um quinto dos consumidores afirmaram estar consumindo mais, enquanto 46% disseram que o consumo está menor na comparação com o mesmo período do ano passado.
A intenção dos paulistanos em adquirir bens duráveis também diminuiu. O item Momento para Duráveis caiu 5,9%, ficando com 77 4 pontos, e completou um ano com pontuação menor que 100. Segundo a FecomercioSP, o resultado sinaliza que as famílias estão restringindo o consumo e consideram o atual momento desfavorável à compra de produtos como TV, carro, fogão, geladeira, entre outros.
De acordo com a entidade, o índice que mede o Acesso a Crédito foi o que mais perdeu pontos em abril, ao apresentar queda de 6 2%, caindo de 122,9 para 115,3 pontos. "Desta forma, a consideração é que está reduzindo a percepção da facilidade de obter financiamentos", destaca a nota.
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Metodologia
O ICF varia de 0 a 200, sendo abaixo de 100 pontos considerado patamar de insatisfação e acima desta pontuação, patamar de satisfação das famílias em relação as condições econômicas.