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O comércio varejista do Estado de São Paulo registrou, pela terceira vez seguida, queda no faturamento mensal na comparação com igual mês do ano anterior. De acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz), o setor faturou R$ 43,2 bilhões em maio, 2% a menos do que o apurado no mesmo mês de 2013. Com o resultado, o comércio reduziu a expansão nos cinco primeiros meses do ano para 1,5%, ante 2,5% de crescimento registrado até abril deste ano.
O recuo no faturamento foi puxado pelo resultado negativo na receita de vendas em três dos dez setores pesquisados. Conforme o levantamento, o mais significativo deles, em razão da relevância do segmento para o comércio geral, foi registrado pelas concessionárias de veículos, que faturaram R$ 5,9 bilhões, recuo de 16%. O setor de lojas de materiais de construção também apresentou recuo na receita de vendas, de 9,3%, ao faturar R$ 3,2 bilhões. A maior diminuição porcentual, contudo, foi no segmento das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, que somaram faturamento de R$ 2,3 bilhões em maio, queda de 23,6%.
Outros seis segmentos apresentaram resultado positivo, o que ajudou a segurar uma redução maior da receita de vendas em geral O melhor desempenho foi dos supermercados, que conseguiram faturar R$ 12,5 bilhões em maio, crescimento de 2,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em segundo lugar, aparecem as lojas de vestuário, tecidos e calçados, com R$ 4,3 bilhões (alta de 1,1%), seguidas por farmácias e perfumarias, com R$ 2,7 bilhões (8,6%), e lojas de departamentos, com R$ 1,9 bilhão (2,1%). Varejistas da área de autopeças e acessórios somaram receita de R$ 810 milhões (3,1%). Já lojas de móveis e decoração faturaram R$ 639 milhões (1,6%).
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As demais atividades do comércio em geral, com destaque para os postos de combustíveis, registraram aumento de 7,2%, atingindo R$ 9 bilhões, segundo a FecomercioSP.
A pesquisa da entidade mostra que, das 16 regiões analisadas, 9 apontaram altas ou relativas estabilidades na comparação anual. A maior variação positiva, de 6,6%, ficou com os comerciantes das regiões de Marília e Jundiaí, cujas receitas foram de R$ 839,5 milhões e R$ 2,5 bilhões, respectivamente. Já os piores desempenhos foram registrados na região de Guarulhos (-9,4%) e no ABCD (-9,3%). O varejo da capital paulista também apresentou queda, de 4,5%, ao faturar R$ 13,4 bilhões.
Economistas da FecomercioSP avaliam que a terceira queda seguida no faturamento define "claramente" a difícil situação enfrentada pelos comerciantes paulistas desde fevereiro. Eles lembram que até o Dia das Mães e o Dia dos Namorados foram prejudicados pela "tendência de freio de consumo da população". "Sem sinais de que o cenário econômico brasileiro melhore em curto prazo, também não existem boas perspectivas para o restante do ano", destacam os analistas em nota à imprensa, afirmando que novas reduções no faturamento são esperadas para as próximas edições da pesquisa.
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