Falta de antibióticos / Pixabay
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Embora seja um setor que costuma ter maior resiliência aos cenários econômicos mais difíceis, o varejo farmacêutico entrou em 2023 com um sinal amarelo: em janeiro, o número de clientes atendidos e o volume de vendas caiu na comparação com o mesmo mês do ano passado.
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Foram vendidas pouco mais de 140 milhões de unidades de medicamentos no primeiro mês deste ano, ante quase 167 milhões em janeiro de 2022, segundo levantamento da Abrafarma, a associação que reúne grandes redes como RaiaDrogasil, Pacheco, Panvel e outras. O total de atendimentos também caiu de 93 milhões para 89,5 milhões.
As vendas de produtos que não são remédios, como cosméticos e itens de higiene, ainda tiveram uma pequena alta (3,6%), de aproximadamente 106 milhões de unidades para quase 110 milhões no mês.
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No total, o faturamento apresentou crescimento real tímido, inferior a 4% na comparação com janeiro do ano passado. É um recuo significativo diante do avanço em torno de 17,5% de janeiro de 2022. A pior queda foi nos medicamentos isentos de prescrição médica, que perderam 17% de faturamento no período.
Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, ressalva que o desempenho inferior pode ser apenas um reflexo do novo cenário da pandemia, já que a ômicron pode ter impulsionado um crescimento atípico das vendas no setor no início do ano passado.
Mas o cenário ainda inspira um alerta, segundo as farmácias, que reclamam do aumento na alíquota do ICMS em 12 estados no fim do ano passado como forma de compensar o corte no imposto sobre combustíveis e energia.
"É lastimável a visão desses governadores que consideram combustíveis mais importantes que remédios", afirma Barreto em nota.
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Os resultados de janeiro não chegaram a impactar o número de lojas, que subiu 7%, e de trabalhadores, que registrou saldo 4,5% superior, segundo a Abrafarma.
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