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Os lojistas do estado de São Paulo estão cautelosos para o período de vendas de Natal. É o que aponta uma recente pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo). Apesar disso, os empresários apostam na recuperação do comércio nestes dois últimos meses com a antecipação de promoções e o recebimento do 13º salário dos consumidores. Para 2014, a expectativa é de que o crescimento das vendas seja próximo aos 3% em relação ao ano passado.
Segundo o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff, é possível observar que as compras dos comerciantes para abastecerem seus estoques de final de ano foram menores do que as do ano passado. Porém, não haverá falta de produtos. As vendas devem ser puxadas principalmente por presentes relacionados a eletrônicos, como smartphones, tablets e televisores. Brinquedos, confecções, cosméticos e redes de alimentação também serão bastante procurados.
“Apesar do recente aumento de 0,25% na taxa SELIC, o que pressiona os juros para cima e diminui a capacidade de compra do consumidor, além da dificuldade do governo de deixar a inflação próxima à meta de 4,5%, ainda não temos notícias de desemprego, mesmo com o baixo crescimento do PIB. Um dos mais importantes fatores que afetam as vendas do varejo é a expectativa dos consumidores de se manterem empregados, principalmente as vendas financiadas dos produtos de valor mais elevado”, afirma Stainoff.
No Bom Retiro, bairro popularmente conhecido na cidade de São Paulo pelas lojas de confecções, o movimento ainda está em baixa e a região está enfraquecida. O crescimento de vendas deve ser no máximo de 3% e não há previsões de contratações temporárias. Já os lojistas de shopping centers da Capital estão mais otimistas do que os lojistas de rua. A expectativa desses comerciantes é que o crescimento supere os 5%.
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O ABC, região com mais de dois milhões e duzentos mil habitantes nas sete cidades, tem atraído o interesse de investidores e consumidores da capital. No geral, os comerciantes estão otimistas devido ao período positivo de crescimento da região, com expansão do setor imobiliário, industrial e comercial. “A vinda de novas indústrias, shoppings, hotéis e comércios está dinamizando toda região. Acreditamos num crescimento de até 5% em relação às vendas do ano passado”, afirma o presidente da CDL de São Bernardo do Campo, Marcello Alexandre.
Ainda na região, a estimativa é que 2.500 vagas temporárias sejam abertas em todas as áreas e o comércio deve trabalhar, a partir da segunda quinzena de dezembro, em horário estendido, tanto em lojas de rua como em shoppings, que devem fechar as portas até 00h nas noites que antecedem o Natal.
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O litoral está estável em relação ao ano passado e não houve levantamento de estimativa de crescimento em vendas. Na Praia Grande, o possível crescimento esperado nas vendas de Natal se deve ao grande movimento na baixada neste período de escassez de água em São Paulo. “Muitas famílias viajam para suas casas de praia para lavarem as roupas e aproveitarem os finais de semana de calor, o que contribui para o consumo como um todo no comércio”, afirma o presidente da CDL de Praia Grande, Antonio Luiz de Souza. Na região, a estimativa para contratações temporárias é de mil empregados.
Já para a cidade de Santos, a expectativa de crescimento é baixa devido à situação econômica atual. “Esperamos que seja difícil superar o Natal do ano passado. A alta dos juros, endividamento e situação política tem afetado o comércio. Apesar disso, confiamos, ao menos, em manter o fluxo de vendas do momento atual”, afirma o presidente da CDL de Santos, Paulo Levi Latrova.
No interior do estado, em Araçatuba, as vendas também devem crescer até 3% em relação ao ano passado. O panorama econômico está desfavorável para crescimentos significativos, porém, há previsão de 500 contratações no comércio para o período de dezembro, devido ao crescimento de novas lojas no comércio da região.
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