Economia

'Em 10 anos a gente não vive uma situação tão boa', comenta presidente do CRECISP

Números de agosto apresentaram queda em locações e vendas, mas o acumulado do ano mostra que o mercado imobiliário continua aquecido em 2023

Luana Fernandes

Publicado em 19/09/2023 às 07:00

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Pesquisa é do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de SP / Nair Bueno/ DL

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Apesar dos números do mercado imobiliário em agosto registrarem queda, o acumulado do primeiros oito meses do ano mostram que o cenário é positivo. Assim acredita o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), José Augusto Viana Neto. “Eu falo isso com conhecimento de causa porque eu moro na Praia Grande e meu escritório imobiliário também é na Praia Grande. Então, está assim: todos os imóveis novos que lançam, vendem rapidamente. Imóveis usados também está todo mundo fazendo negócio. Posso falar que em 10 anos a gente não vive uma situação tão boa. Em 2023, o mercado imobiliário está indo muito bem”, complementa.

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Segundo a pesquisa do conselho deste mês, que comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos na Baixada Santista e Região, demonstrou que houve queda de 5,21% nas vendas e queda de 50,58% no volume de contratos de locação assinados no período. Mesmo assim, os acumulados do ano se mantêm positivos. Foram consultadas 31 imobiliárias das cidades de: Bertioga, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

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“Quando vence 30 meses do contrato, o proprietário fica com a liberdade de pleitear o valor que ele bem entender e cabe a locatária aceitar ou não. Essa queda nas locações indica que não houve substituição de locatários, eles permaneceram nos imóveis. Isso é muito importante, porque muita gente vê diminuir o número de locações e pensa que não está bom, mas ao contrário, está bom porque as pessoas estão conseguindo pagar, as pessoas estão negociando, estão se entendendo”, explica Viana.

Além do acumulado manter o cenário em alta para o mercado, o Turismo também deve contribuir para que o ano seja ainda mais positivo. “No início de setembro, os prefeitos da Baixada se reuniram com o governador do Estado para discutir investimentos em várias áreas, em especial no Turismo, o que pode alavancar ainda mais o mercado imobiliário da região”, comentou o presidente do CRECISP.

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Vendas

A maioria das casas vendidas no período tinha valores de até R$ 400 mil. Eram casas de dois dormitórios, com área útil variando de 50 a 100 m². Para os apartamentos, a faixa de preço preferida dos compradores ficou em até R$ 400 mil, para imóveis de 2 dormitórios e área útil de 51 até 100 m². 43,6% das propriedades vendidas em agosto estavam situadas na periferia, 25% nas áreas centrais e 31,4% nas áreas nobres.

Houve um equilíbrio entre as diversas modalidades de venda de imóveis no mês de agosto: 25,7% dos negócios foram feitos à vista; 21,5% receberam financiamento da CAIXA; 24,3% foram parcelados diretamente pelos proprietários; 16,7% foram financiados por bancos privados e 11,8% foram feitos por consórcios.

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Locações

A faixa de valor de aluguel preferida pelos inquilinos de casas na região de Baixada Santista foi de até R$ 1 mil. A maioria das casas locadas em agosto era de dois dormitórios com 51 até 100 m² de área útil. O valor de aluguel de apartamentos preferido ficou na faixa de até R$ 1.750,00; para imóveis com até dois dormitórios e área útil de 51 até 100 m².

As principais garantias locatícias escolhidas pelos locatários foram o depósito caução e o seguro fiança. Os novos inquilinos optaram por imóveis situados na periferia das cidades pesquisadas (20,6%), nas áreas nobres (55,9%) ou no centro (23,5%).

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E daqueles que encerraram os contratos de locação, 39,3% se mudaram para imóveis com aluguel mais barato; 35,7% não informaram o motivo da mudança; e 25,0% se mudaram para imóveis com aluguel mais caro.

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