Economia

Dólar volta a subir e vai a R$ 2,4360

No Brasil, teve reflexo direto na taxa de câmbio. O dólar operou com forte volatilidade e chegou a superar os R$ 2,45 durante o pregão

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 29/01/2014 às 20:46

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A expectativa com a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mexeu com todos os mercados financeiros globais nesta quarta-feira, 29. No Brasil, teve reflexo direto na taxa de câmbio. O dólar operou com forte volatilidade e chegou a superar os R$ 2,45 durante o pregão, mas acabou fechando em R$ 2,4360, com alta de 0,37% em relação ao dia anterior. É um valor bem próximo aos R$ 2,4380 registrados em 22 de agosto passado, quando o Banco Central anunciou sua política de venda de dólares no mercado futuro.

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As bolsas de valores de todo o mundo também fecharam em queda com a expectativa pela decisão do Fed, revertendo os ganhos registrados no dia anterior, quando o anúncio da alta dos juros na Índia e na Turquia acabou dando uma acalmada nos mercados. A Bolsa de Valores de São Paulo, por exemplo, fechou em queda de 0,59%. Na Europa, a Bolsa de Londres caiu 0,43%, a de Paris recuou 0,68% e a de Frankfurt, 0,75%. Todas elas fecharam antes de o banco central americano anunciar a redução de US$ 75 bilhões para US$ 65 bilhões na compra de títulos para estimular a economia do país. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, recuou 1,19%, e fechou no menor patamar desde 7 de novembro.

O novo corte de estímulos do Fed já estava em grande parte refletido no mercado brasileiro, mas, numa primeira reação após o anúncio, o dólar para fevereiro acelerou um pouco os ganhos no Brasil, em sintonia com o movimento que era visto também com outras divisas de emergentes no exterior. "É normal que isso aconteça", comentou um profissional de um banco. "Para amanhã a tendência é que o mercado continue pressionado, enquanto a situação com os emergentes continuar como está. A tendência é de um dólar mais forte", disse.

O dólar voltou a subir e fechou em R$ 2,4360 (Foto: Divulgação)

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Mas qual é o limite? Profissionais já citam a possibilidade de o Banco Central fazer atuações extras no mercado de câmbio para impedir uma apreciação ainda maior do dólar. Como nos próximos dias a disputa para a formação da taxa do fim de mês deve se intensificar, Sidney Nehme, sócio da NGO Corretora, projeta um dólar na faixa dos R$ 2,45 na virada de janeiro para fevereiro. Outros profissionais veem espaço para um avanço a até R$ 2,50 sem que o BC altere sua política. "Se a pressão for grande, o BC pode atuar, sim", comentou um operador.

A expectativa com o Fed atraiu tanto as atenções que acabaram ficando em segundo plano os números do fluxo cambial. Divulgados no início da tarde pelo BC, eles mostraram a entrada líquida de US$ 2,897 bilhões no Brasil entre 20 e 24 de janeiro. Este foi o primeiro saldo positivo do ano, resultado de US$ 1,515 bilhão positivos da área financeira e US$ 1,382 bilhão da área comercial. Com isso, no ano, até o dia 24, o fluxo cambial total ficou positivo em US$ 1,003 bilhão.

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