Economia

Dólar recua frente ao iene com dados fracos dos EUA

Os sinais de fragilidade da economia americana alimentaram as dúvidas dos investidores quando crescimento global

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 01/10/2014 às 19:14

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Os fracos dados da economia dos EUA divulgados nesta manhã pesaram sobre a moeda americana, que recuou frente ao iene, após ter chegado a romper a barreira psicológica de 110 ienes por dólar nos primeiros negócios do dia. Há mais de seis anos que o dólar não ultrapassava essa marca.

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Os sinais de fragilidade da economia americana alimentaram as dúvidas dos investidores quando crescimento global, e levaram o dólar a reverter o movimento de alta frente à moeda japonesa verificado nas primeiras horas do dia. Em relação a outras divisas, como o euro e a libra, o dólar teve valorização, depois que indicadores fracos da economia europeias levaram os investidores a buscarem a segurança do dólar.

Nos EUA, a atividade no setor industrial medida pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu para 56,6 em setembro, de 59,0 em agosto, apresentando retração mais forte que o esperado pelos analistas, para 58,2. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial apurado pela Markit Economics também apontou recuou, de 57,9 em agosto para 57,5 em setembro.

Além disso, os investimentos em construção nos EUA diminuíram 0 8% entre julho e agosto, mais que a baixa de 0,6% estimada pelo mercado.

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O dólar recuou frente ao iene (Foto: Divulgação)

A única notícia positiva veio do mercado de trabalho, com a criação de 213 mil vagas pelo setor privado em setembro - acima da previsão de abertura de 209 mil postos no período. No entanto os números de agosto foram revisados para baixo, com a geração de empregos passando de 204 mil para 202 mil.

Os dados podem abrir espaço para que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) mantenha os juros baixos por mais tempo.

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Já na Europa, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial da zona do euro apresentou recuou para 50,3 em setembro, de 50,7 em agosto, o pior resultado em 14 meses. As estimativas dos economistas era desaceleração menos acentuada, para 50,5. A surpresa negativa foi impulsionada pela maior economia da região a Alemanha, onde o indicador caiu para 49,9 em setembro, de 51 4 em agosto, abaixo das expectativas do mercado, de 50,3, e da marca 50, que separa expansão de contração. Foi a primeira vez em 14 meses que a atividade no setor industrial alemão encolheu. Mesmo no Reino Unido, que não faz parte da zona do euro, o desempenho deixou a desejar. O PMI industrial da nação recuou de 52,2 em agosto para 51,6 neste mês, quando a previsão era de avanço a 53,0.

No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2624, de US$ 1,2632 ontem; o iene estava cotado a 108,88 por dólar, de 109,66 por dólar ontem. Frente à moeda japonesa, o euro estava cotado a ¥ 137,46, de ¥ 138,52 ontem. Diante da libra, o euro estava cotado a £ 0,7799, de £ 0,7792 ontem. O franco suíço estava cotado a 0,9559 por dólar, de 0,9550 por dólar ontem, e a 1,2067 por euro, de 1,2062 por euro ontem. A libra estava cotada a US$ 1,6184, de US$ 1,6216 ontem. O dólar australiano estava cotado a US$ 0,8737, de US$ 0,8752 ontem.

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