Muitos não sabem, mas quem inventou o Dia dos Namorados no Brasil foi João Doria, pai do governador de SP / Divulgação
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As vendas do Dia dos Namorados não devem ficar imunes à inflação. Em 2022, o comércio varejista tende a registrar uma queda de 2,6% nos negócios da data, indica projeção divulgada nesta segunda-feira (6) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Pelos cálculos da entidade, as vendas devem totalizar R$ 2,49 bilhões neste ano, abaixo dos R$ 2,56 bilhões de 2021.
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O Dia dos Namorados é a sexta data comemorativa mais importante do varejo em termos de movimentação financeira.
A quantia estimada para este ano é a menor desde o tombo verificado em 2020 (R$ 1,94 bilhão), quando a pandemia provocou uma série de restrições a atividades econômicas. Os números já levam em conta a inflação.
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A alta dos preços, aliás, é apontada pela CNC como a vilã deste ano. Juros elevados e renda fragilizada também dificultam o quadro.
"Apesar da recuperação do emprego e do aumento dos programas de transferências de renda, a combinação de inflação e juros mais altos com queda no rendimento médio real do trabalho (-6,3% no acumulado deste ano ante o mesmo período de 2021) explica a desaceleração das vendas nesta data comemorativa", diz a entidade.
"Esse cenário impacta notadamente o público consumidor mais jovem, cuja taxa de desocupação se situa acima da média", acrescenta.
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BUSCA POR LEMBRANCINHAS
O segmento de vestuário, calçados e acessórios, carro-chefe das vendas do Dia dos Namorados, deve movimentar R$ 1,049 bilhão, o equivalente a 42% do total, prevê a CNC. Em relação ao ano passado, esse ramo varejista tende a amargar perda de 3,8%.
A entidade também projeta retração de 2,6% para o segmento de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, que deve responder por 38% dos negócios, somando R$ 956 milhões.
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As vendas de itens de farmácias, perfumaria e cosméticos, por outro lado, tendem a avançar 7,4%, com pouco mais de 7% da movimentação esperada.
"No segmento de perfumaria e cosméticos, geralmente o tipo de presente não passa pelo crédito, que é outro problema neste momento. O crédito está ficando cada vez mais caro", avalia o economista Fabio Bentes, da CNC.
"Deve ser uma data comemorativa das lembrancinhas mesmo", acrescenta.
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