Continua depois da publicidade
O Dia das Mães não foi suficiente para estancar a desaceleração vivida pela atividade de comércio. Em maio, houve queda de 4,5% nas vendas em relação a igual mês do ano passado, o pior desempenho neste confronto desde agosto de 2003, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Setores antes preferidos pelos brasileiros para presentear as mães viveram, em 2015, o pior momento em anos.
Os setores de tecidos, vestuário e calçados encolheram 7,7% no período, o pior desempenho desde maio de 2009. Já nos móveis e eletrodomésticos, a queda de 18,5% nas vendas em maio ante igual mês de 2014 foi a maior já registrada em toda a série, iniciada em 2000.
Na comparação de maio contra abril, a queda no varejo restrito (sem veículos e materiais de construção) foi de 0,9%, a maior para o mês desde 2001. "O Dia das Mães não mostrou a ajuda, o impulso para o comércio como em anos anteriores", afirmou Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Continua depois da publicidade
No País
A queda nas vendas do varejo restrito em maio ante maio de 2014 espalhou-se por 25 das 27 Unidades da Federação (UF), que inclui 26 estados mais o Distrito Federal. As principais retrações foram observadas em Paraíba (-13,6%), Goiás (-12,6%) e Amazonas (-11,1%). Na média do País, o recuo no período foi de 4,5%.
Em termos de impacto no varejo, as quedas que mais deprimiram o desempenho do setor foram em São Paulo (-3,5%), Bahia (-9,6%), Minas Gerais (-4,0%) e Rio de Janeiro (-3,0%), sempre em relação a maio de 2014.
Continua depois da publicidade
Na comparação de maio contra abril, com ajuste sazonal, quedas nas vendas do varejo restrito ocorreram em 22 das 27 UFs, com destaque para Sergipe (-3,9%), Amazonas (-3,1%), Rondônia (-2 7%) e Paraíba (-1,8%). Nesta comparação, o desempenho nacional foi de recuo de 0,9%.
No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção 26 das 27 UFs registraram retração nas vendas em maio ante maio de 2014, apontou o IBGE. Os recuos mais intensos foram verificados em Espírito Santo (-21,7%), Rondônia (-17,7%), Acre (-17,6%) e Paraíba (-17,5%).
Em termos de contribuição, os maiores impactos negativos vieram de São Paulo (-8,6%), Rio Grande do Sul (-13,7%), Rio de Janeiro (-8,1%), Minas Gerais (-9,1%) e Paraná (-11,0%). Neste confronto o desempenho médio do País foi de redução de 10,4% nas vendas.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade