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O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o resto do mundo, ficou em US$ 3,953 bilhões, em junho, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (23). No mesmo mês do ano passado, o resultado negativo alcançou US$ 4,393 bilhões.
No primeiro semestre, o saldo negativo das transações correntes ficou em US$ 43,478 bilhões, contra US$ 25,244 bilhões em igual período de 2012. O resultado no primeiro trimestre correspondeu a 3,82% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB).
A balança comercial, que integra a conta de transações correntes, registrou déficit de US$ 3,092 bilhões, no primeiro semestre. A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) ficou negativa em US$ 22,158 bilhões, enquanto a de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) registrou déficit de US$ 19,770 bilhões, nos seis meses do ano.
O ingresso líquido de transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou em US$ 1,542 bilhão, no primeiro semestre.
Os dados do BC também mostram que o investimento estrangeiro direto, que vai para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 7,170 bilhões, em junho, e a US$ 30,027 bilhões, nos seis meses do ano. Nos seis meses do ano, esses investimentos não foram suficientes para cobrir completamente o saldo negativo em transações correntes.
Apesar de o investimento estrangeiro direto ser o mais adequado para financiar o déficit, porque é de longo prazo, o país tem outras formas de financiar o resultado negativo. Uma delas são os investimentos estrangeiros em ações negociadas no Brasil e no exterior que registraram ingresso líquido de US$ 6,278 bilhões, nos seis meses do ano . Também houve investimentos em títulos de renda fixa negociados no país, com ingresso líquido de US$ 11,038 bilhões.
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