O percentual de famílias brasileiras com dívidas passa de 70% / Divulgação
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Começo de um novo ano e, com ele, muitas despesas, como IPTU, material escolar, uniformes, passeios de férias, além da fatura do cartão de crédito com os gastos de dezembro, que costuma ser alta por conta das festas de final de ano. Somam-se a isso dívidas antigas não quitadas e as incertezas diante da crise trazida pela pandemia que ainda estamos vivendo, o que aumenta a importância de poupar ao longo do ano.
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias brasileiras com dívidas passa de 70%. "Esse índice tende a subir caso as pessoas não se conscientizem sobre um planejamento financeiro desde o começo do ano, para quitar as dívidas e pagar todas as contas que vão chegar ao longo de janeiro", observa Thaíne Clemente, Executiva de Estratégias e Operações da Simplic.
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Pensando nisso, a especialista listou 6 dicas para equilibrar as finanças e fazer um bom planejamento para 2022.
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1. Décimo Terceiro
Ao receber a última parcela no mês de dezembro, o ideal é guardá-la para essas contas recorrentes que costumam vir no mês de janeiro, como o IPTU. "Quem ainda tem essa parcela ou uma parte dela que seja, pode direcionar para esses pagamentos", aconselha Thaíne.
2. Planilha de salário
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A recomendação é planilhar todas as saídas fixas do mês, como água, luz, aluguel, gasolina, mercado, sem esquecer de incluir a fatura do cartão de crédito usado em dezembro. "Feito isso, caso sobre dinheiro após o pagamento dessas contas, a orientação é poupá-lo como uma reserva emergencial que pode ser necessária durante o ano, para então poder pensar nos "luxos" sem ficar no vermelho", pontua a especialista.
3. Vencimento das despesas
É importante ficar atento às datas de vencimento das contas a pagar e, mesmo que elas sejam só para o final do mês, deixar o dinheiro recebido no início guardado para isso. Já para quem recebe no meio ou final do mês, o ideal é manter as datas de vencimento entre os dias 20 e 30. "Essas datas costumam ser negociáveis, portanto, fica a critério do pagador avaliar os melhores dias, conforme recebimento da renda", explica Thaíne.
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4. Volta às aulas
A principal dica é reaproveitar materiais antigos, ver se sobrou algum caderno mais "inteiro" do ano passado, canetas e lápis com pouco uso, além dos materiais que não estragam com facilidade e rapidez, como tesoura, apontador, régua, etc. "Para as novas compras, faça pesquisas, de preferência online, que costumam ser mais em conta. Faça simulações em diversos sites e opte pelo melhor preço. Por fim, não deixe para a última hora, pois quanto mais perto da volta às aulas, mais as lojas costumam subir os preços", alerta a especialista.
5. Férias
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Como muitas famílias só conseguem viajar durante as férias escolares, caso esteja com dívidas e baixo orçamento, opte por destinos dentro da sua própria cidade ou perto dela, caso ainda não tenha planejado nada. "Outra saída é abrir mão de viajar no verão e começar agora a organizar a viagem para as férias de julho, pois as chances de encontrar bons pacotes e preços mais em conta são maiores", sugere Thaíne.
6. Renegociação de dívidas
Se uma família tem dívidas diversas, com credores diferentes, pode ser conveniente unificá-las junto a um credor único, com uma parcela que não comprometa uma parte tão grande do orçamento mensal. "Hoje as facilidades para renegociar dívidas são maiores e os juros certamente serão menores do que aqueles trazidos pelo cheque especial e pelo cartão de crédito. Mas isso deve ser feito como uma forma de quitar as dívidas com mais tranquilidade e não como um meio de fazer sobrar renda para novas dívidas", reforça a especialista.
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