A primeira loja física em São Paulo abre as portas no sábado (12) no Shopping Vila Olímpia / Divulgação / Shein
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Comprar mais barato e esperar alguns dias pelo produto versus pagar um pouco mais caro numa loja física e levar o item imediatamente. São dois perfis de clientes e a Shein, uma das maiores marcas consumidas mundialmente pela geração Z, aposta no primeiro perfil citado.
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A primeira loja física em São Paulo abre as portas no sábado (12) no Shopping Vila Olímpia e disponibiliza 11 mil itens entre acessórios e vestuário. Mas com um detalhe: o formato é pop-up store, ou seja, temporário: fecha as portas dia 16 de novembro, sendo apenas cinco dias disponíveis para os clientes provarem no corpo as peças tendência no mercado.
“É muito provável que a Shein não abra lojas físicas no Brasil”. Quem analisa o cenário é Lincoln Fracari, diretor geral da China Link Trading, maior consultoria em importação do Brasil. Para ele, é uma estratégia inteligente de marketing: “Apenas no nosso país, pelo menos 25 milhões de consumidores baixaram o app só no ano passado. A marca que não acredita no poder de consumo do brasileiro está um passo atrás. É inteligente escolher o Brasil e, quem não conhece a marca, vai ter a oportunidade de provar a roupa”, diz Lincoln.
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O especialista avalia que a operação não vai gerar retorno direto. É que a Shein já está vendendo muito somente com as lojas virtuais. Para o empresário, marcas chinesas vendem bem no Brasil por causa das brechas que o consumidor final encontra.
“Tudo tem a ver com as leis de importação. O cliente, enquanto pessoa física, é isento de imposto. O pequeno, médio ou grande empreendedor que tenta concorrer com essa modalidade, ou seja, importar e vender fisicamente em solo brasileiro, encontra um grande obstáculo pela frente”. Ele fala mais sobre o porquê não acredita que a Shein abra lojas físicas por aqui: “Precisaria manter estoque, pagar impostos, o preço deixaria de ser competitivo e, consequentemente, a marca perderia os clientes que já conquistou porque os produtos ficariam muito mais caros em relação aos do site”.
Fundada pelo empresário Chris Xu em 2008, a marca chamava ZZKKO e vendia apenas vestidos de noiva. Mais tarde, passou a vender roupas femininas de vários estilos com o nome de Sheinside. Em 2010, ampliou as vendas para fora da Ásia e começou a oferecer os produtos em países como França, Espanha, Itália, Alemanha e Rússia. Atualmente, atende mais de 200 países. A marca não tem estoque porque tudo é produzido de acordo com a quantidade solicitada. Mesmo assim, o catálogo é atualizado com cerca de seis mil novos itens diariamente.
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