Economia

Bovespa tem projeto para incluir pequenas e médias empresas no mercado

O projeto da Bovespa destina-se a empresas com faturamento anual de até R$ 500 milhões, mas esse valor poderá ser modificado pelo governo

Publicado em 06/06/2013 às 14:42

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A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) apresentou hoje (6) um projeto para aumentar o acesso das pequenas e médias empresas ao mercado de capitais. O projeto, apresentado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo diretor-presidente da Bovespa, Edmir Pinto, tem envolvimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta ainda será avaliada pela equipe econômica.

Ao explicar o projeto, Edmir Pinto disse que a ideia é instituir uma política fiscal que dê incentivos a todos os investidores que comprarem papéis (títulos e ações) de pequenas e médias empresas. "Não será só para pessoas físicas. O incentivo será por meio da isenção do Imposto de Renda sobre ganhos de capital. O projeto é transformar o Brasil em um grande mercado para essas empresas”, resumiu.

O projeto da Bovespa destina-se a empresas com faturamento anual de até R$ 500 milhões, mas esse valor poderá ser modificado pelo governo, explicou Pinto. Segundo ele, já foram identificadas potencialmente 15 mil empresas com faturamento anual entre R$ 40 milhões e R$ 400 milhões por ano que poderão participar da abertura de capital, caso a proposta seja aprovada pelo governo.

“O ministro Mantega foi muito receptivo. Gostou do projeto, já que é um grande incentivador do crescimento da pequenas e médias empresas. O projeto é grandioso. Visitamos vários países para ver como isso é feito”, disse o presidente da Bovespa.

Edmir Pinto acredita que, com os incentivos, é possível trazer os futuros compradores desses papéis para o mercado de capitais. “O potencial é extraordinário, mas precisamos ter um comprador para esse tipo de papel. Os papéis de pequenas e médias empresas trarão obviamente rentabilidade alguns anos depois. As empresas precisam do dinheiro para financiamento e expansão, para, depois, dar dividendos”, concluiu.

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