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O Banco Central (BC) deu continuidade hoje (20) às intervenções no mercado de câmbio. O BC já fez leilão de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, com negociação de 20 mil contratos, totalizando US$ 993,4 milhões.
Como anunciado ontem, também foi feito nesta terça-feira leilão de rolagem de vencimento (renovação) de 20 mil contratos, no total de US$ 986,3 milhões. O vencimento ficou para 1º de abril de 2014. Esse leilão faz parte da estratégia do BC, anunciada na semana passada, de rolagem do total de 100.800 contratos de swap cambial que vencerão no dia 2 de setembro. Já foram feitas outras operações de rolagem nos dias 16 e 19 deste mês.
Também hoje, o BC faz leilão de linha – venda com compromisso de recompra futura. De acordo com o comunicado do BC, será aceitos até US$ 4 bilhões. As operações de venda do BC serão liquidadas no dia 22 de agosto. As datas de liquidação serão em 2 de janeiro e 1º de abril de 2014. A autoridade monetária também fez uma operação como essa em junho passado.
Ontem, a forte alta do dólar levou o BC a fazer intervenções e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Alexandre Tombini, pronunciaram-se sobre as oscilações da moeda.
A moeda norte-americana ultrapassou a barreira de R$ 2,40 e fechou o dia no maior nível em mais de quatro anos. O dólar comercial encerrou a segunda-feira vendido a R$ 2,4159, com alta de 0,83%. A cotação é a maior desde 3 de março de 2009, quando a moeda foi vendida a R$ 2,441.
Pela manhã, o BC vendeu US$ 1,311 bilhão no mercado futuro, além de ter feito uma operação de rolagem de vencimento de US$ 986,1 milhões. À tarde, o BC fez mais um leilão de swap cambial, com oferta de 40 mil contratos. Para o vencimento, em 1º de novembro deste ano, foram negociados 10.050 contratos, no total de US$ 504,1 milhões. E para 1º de abril, foram 2,5 mil contratos, no total US$ 123,8 milhões.
Ontem, em nota, Tombini disse que a adequada condução da política monetária contribui para reduzir os riscos de inflação, bem como os riscos oriundos da depreciação cambial. Tombini ressaltou, porém, que os movimentos recentemente observados nas taxas de juros de mercado incorporam prêmios excessivos (supervalorização). Tombini ressaltou que “as cotações oscilam” e que “a concentração de posições em uma única direção poderá trazer perdas aos que apostam em movimentos unidirecionais da moeda”.
O ministro da Fazenda disse que o governo poderá atuar para impedir que a alta do dólar tenha impacto na inflação. “Nós temos alguns antídotos, que são a redução das tarifas de alguns insumos, aquelas tarifas que subiram na lista de setembro do ano passado”, disse o ministro.
Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências devido à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta.
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